Rei do Pix: conheça e se proteja do novo golpe aplicado pela internet!

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Rei do Pix: conheça e se proteja do novo golpe aplicado pela internet!

Golpistas utilizam as redes sociais para atrair vítimas e trocar dinheiro "sujo" por "limpo". 

Foto: Tumisu/Pixabay.

Recentemente um novo golpe está se popularizando na internet; contas de autointitulados reis e rainhas no Instagram, Twitter e Tik Tok estão oferecendo um retorno de até 1.000% por transações realizadas. É dessa forma que os criminosos trocam o dinheiro proveniente de atividades ilícitas - que podem ser bloqueadas pelo banco - por dinheiro "limpo", ou seja, livre para utilização.

Reportagem da Folha de S. Paulo revelou que os perfis que aplicam o golpe normalmente sugerem as seguintes opções aos usuários: enviar um Pix de R$ 10 reais para receber retorno de R$ 100 reais; ao enviar R$ 500 reais, a retribuição é de R$ 5.000 reais e assim sucessivamente.

Em alguns casos o usuário não recebe o retorno da transação - e como os golpistas sacam rapidamente o dinheiro, o ato impossibilita as instituições bancárias de desfazerem a transferência. Mas ocasionalmente a promessa dos golpistas é cumprida por um curto período de tempo.

O delegado da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo, Thiago Chinellato, explicou para o jornal Folha de S. Paulo que nessas situações o golpista envia dinheiro oriundo de atividades criminosas, que devido à sua origem, possui grandes chances de ser confiscado. Em troca, ele recebe da vítima um valor menor, mas que vem de uma conta regular e, portanto, livre para ser utilizado.

Cada perfil vende o esquema de uma forma, alguns como uma "oportunidade de investimento" e outros como uma forma de "burlar o sistema".

Vítima ou cúmplice?

Grande parte dos perfis dos golpistas nas redes sociais não escondem a origem do dinheiro e até exibem informações de contas bancárias e cartões sequestrados. Assim, se for provado que o usuário que realizou a troca com os golpistas estava ciente de que o dinheiro vinha de atividades ilegais, ele passa a ser considerado cúmplice do crime.

Segundo Chinellato, é comum que a "teoricamente" vítima do golpe seja responsabilizada criminalmente. "Se preliminarmente não teve conhecimento, teoricamente a pessoa não seria responsabilizada. Mas em geral, nesse tipo de fraude, a pessoa sabe, porque não existe técnica de dinheiro fácil. Não tem explicação para uma pessoa fazer uma transferência de R$ 50, receber R$ 1.000 de volta e achar que se trata de uma transação normal", alertou o delegado.

"O Poder Judiciário considera o homem médio uma pessoa em pleno discernimento, uma pessoa com conhecimento razoável sobre as situações sociais, uma pessoa que utiliza a internet com certa frequência. Como ela entende uma situação tão absurda em que paga e recebe o dobro do valor?", questionou o advogado Plínio Higasi, especialista em direito digital, na mesma reportagem.

Mas se a pessoa realmente não tinha consciência de sua participação em uma fraude, o ideal é procurar o banco utilizado para bloquear rapidamente o Pix realizado.

Segundo o advogado, o ideal é tentar imediatamente, assim que o lesado tomou ciência da situação ilícita, entrar em contato com o banco para reaver os valores. Mas é muito raro a ação ter efetividade, "porque provavelmente já houve saque dos valores assim que as pessoas receberam do outro lado", explicou Higasi.

Chinellato ainda alertou às pessoas para não acreditarem na promessa de dinheiro fácil: "isso não existe, ainda mais em um ambiente atual de dificuldade econômica de muitas pessoas".

E você, já sabia desse novo golpe? Ainda tem alguma dúvida? Conte para a gente! 

 

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Sexta, 17 Mai 2024

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