Conheça o equity crowdfunding, que permite aos pequenos investidores acesso ao mercado privado.
A modalidade venture capital permite que grandes investidores depositem milhões de reais em startups. Agora, com a nova dinâmica denominada "equity crowdfunding", os pequenos investidores também terão acesso ao mercado privado e poderão adquirir parte de um novo negócio desde sua fundação.
"Cada investidor entra com a quantia que lhe é possível e, juntos, conseguem participar do negócio quando a quantia mínima é atingida. O tíquete médio desse investimento fica entre R$ 8 mil e R$ 10 mil por oferta" explicou Camila Nasser, presidente da Kia, uma plataforma de investimentos em startups, para o Valor Investe.
Para Camila, o maior atrativo dessa nova modalidade é a promessa de um retorno de até dez vezes o valor investido. Mas, como todo investimento tem seus riscos, a presidente da Kia não recomenda a aplicação de mais de 5% de seu patrimônio neste tipo de operação, mesmo com todos os cuidados que sua plataforma oferece.
"Antes de ingressar no crowdfunding, as startups são analisadas por investidores mais experientes e analistas do mercado, que avaliam pontos como faturamento e dimensão das empresas que serão beneficiadas", explicou a representante da Kia.
Liquidez
Para o investidor lucrar nessa nova dinâmica, ele precisará vender sua participação na empresa. O "evento de liquidez" ocorre quando a startup abre seu capital na bolsa de valores ou quando é comprada por outra companhia. Esses eventos normalmente levam até quatro anos para acontecer.
A fim de diminuir o tempo entre o investimento e o lucro, um mercado secundário de negociação está sendo desenvolvido, similar à bolsa de valores, mas composta por startups.
De acordo com a presidente da plataforma, quando esse ecossistema estiver pronto, o investidor vai conseguir vender sua participação na empresa sem ter que esperar um IPO (oferta pública inicial de ações) ou fusão com uma empresa maior.
Regras da CVM para equity crowdfunding
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já disponibilizou instruções para a regulamentação das plataformas de equity crowdfunding, e o limite de receita bruta foi elevado de R$ 10 milhões para R$ 40 milhões de reais.
A CVM também exigiu que as ofertas ocorram em plataformas autorizadas e que os emissores prestem as informações determinadas. A principal regra da CVM, resolução 88, obriga as empresas a terem um registro cronológico de todos os fatos da oferta.
E você, já investiu ou investiria em alguma startup?
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