Santander revela resultados do 3º trimestre; confira!

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Santander revela resultados do 3º trimestre; confira!

Brasil teve segundo maior resultado global do Grupo Santander no 3º trimestre.

Pessoa colocando moeda em cofre. Foto: Freepik.

O Santander Brasil registrou lucro líquido recorrente de R$ 2.729 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com números publicados nesta quarta-feira, 25. Em um ano, o resultado do banco teve queda 12,6%, mas em relação ao segundo trimestre deste ano, teve alta de 18,2%.

Após 18 meses de piora na qualidade dos ativos, o banco observou uma queda da inadimplência no comparativo trimestral, o que ajudou a reduzir as despesas com provisões contra calotes. Por outro lado, as margens recuaram na comparação com o trimestre anterior, e embora tenham subido no comparativo anual, não compensaram o aumento nas despesas da instituição.

A margem financeira bruta do banco, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 13,413 bilhões, alta de 6 5% em um ano, graças à expansão da margem com clientes e da melhoria dos resultados da tesouraria. Em um trimestre, houve queda de 1,2%.

Nas margens com clientes, o resultado foi de R$ 14,240 bilhões, crescimento de 0,6% no comparativo anual, mas uma baixa de 1,3% em três meses. Nesta linha, estão contabilizados os resultados com operações de crédito. O banco afirma que a alta anual é fruto da melhor margem nas captações, graças à mudança nos preços do crédito diante da alta de juros.

Em um trimestre, porém, houve queda diante do mix de clientes e de produtos. O Santander continua concentrando as concessões de crédito em linhas menos arriscadas e em clientes de melhor perfil de risco, o que se traduz em uma rentabilidade menor.

Na tesouraria, o Santander teve perda de R$ 827 milhões, uma melhoria de 46,5% sobre as perdas de R$ 1,545 bilhão informadas no mesmo período de 2022. O banco atribui o melhor resultado a um impacto positivo da taxa de juros. O balanço do Santander se beneficia da queda da Selic.

"Nesse trimestre consolidamos a nossa estratégia com a materialização da qualidade da nossa carteira, evoluindo positivamente os indicadores de inadimplência", afirma o presidente do Santander Brasil, Mario Leão. Segundo ele, os números reforçam o viés positivo para o custo de crédito nos próximos trimestres, e permitem ao banco retomar gradualmente o crescimento da carteira.

A inadimplência do Santander, medida pelos créditos em atraso há mais de 90 dias, foi de 3% no terceiro trimestre, queda de 0,3 ponto porcentual em relação a julho. No comparativo anual, ficou estável. A chamada inadimplência curta, de 15 a 90 dias, caiu 0,3 ponto em um ano, para 4%.

"Neste trimestre evoluímos em nossos indicadores de qualidade da carteira e consequentemente alcançamos o menor nível de custo do crédito desde março de 2022", diz em comunicado o vice-presidente financeiro do Santander, Gustavo Alejo. "Esta melhora se deve à estratégia adotada desde o início de 2022, mais seletiva em crédito, com foco em produtos com garantias e em clientes com melhor perfil de risco."

Ao todo, a carteira de crédito ampliada do banco somava R$ 625 487 bilhões no final do terceiro trimestre, um crescimento de 7 9% no intervalo de um ano. Essa alta foi puxada por itens como títulos privados (+40,9%) e avais e fianças (+16,9%), enquanto na carteira principal, que inclui operações de crédito, a alta foi mais forte em pequenas e médias empresas (+6,5%).

As receitas do banco com serviços aumentaram 8,2% em 12 meses, para R$ 5,123 bilhões. Houve crescimentos de destaque nas linhas de conta corrente (+8,3% em um ano) e corretagem e colocação de títulos, que reflete as operações no mercado de capitais, e que subiram 19,2% no mesmo período.

O Santander Brasil tinha ao final de setembro R$ 1,162 trilhão em ativos totais, alta de 15,4% em um ano. Em relação ao final do segundo trimestre, em junho, houve alta de 6%. O patrimônio líquido, por sua vez, aumentou 2,9% em um ano, para R$ 84,793 bilhões, de acordo com o banco.

Como resultado, o retorno sobre o patrimônio líquido do Santander caiu 2,5 pontos porcentuais em um ano, para 13,1%. Em relação ao segundo trimestre deste ano, houve alta 1,9 p.p.

Brasil tem segundo maior resultado do Grupo Santander no 3º trimestre, em euro

No terceiro trimestre deste ano, o Santander Brasil manteve o segundo lugar na geração de resultados do Grupo em todo o mundo, com lucro de 603 milhões de euros atribuível ao controlador. Ficou atrás apenas do Santander Espanha, que teve lucro líquido de 722 milhões de euros no mesmo intervalo.

O resultado do Santander Brasil em euros caiu 9% em relação ao mesmo período do ano passado. O balanço divulgado pela filial brasileira mostrou uma redução no custo de crédito, que vinha reduzindo os resultados, mas ao mesmo tempo também trouxe uma expansão das despesas, diante do crescimento da estrutura do banco no País.

Os números dos balanços brasileiro e espanhol não são diretamente comparáveis. No Brasil, o Santander informa os resultados no padrão contábil determinado pelo Banco Central, o BR-Gaap. Na Europa, o Grupo Santander informa resultados através da norma contábil IFRS.

Embora não haja grande divergência, as normas levam a números diferentes em linhas como a de provisões contra a inadimplência. O BR-Gaap inclui os pisos de provisão estabelecidos pelo Banco Central, que sobem conforme o tempo de atraso de um crédito inadimplente. O IFRS não tem pisos, e determina a provisão conforme a expectativa de perda.

Na prática, os bancos brasileiros fazem uma mistura entre as duas regras: seguem os pisos determinados pelo BC, mas também fazem provisões antecipadas com base na perda esperada. O caso Americanas foi um exemplo, porque mesmo sem os créditos da companhia entrarem em atraso, os bancos - o Santander entre eles - constituíram provisões quando a empresa entrou em recuperação judicial, no início do ano.

A operação brasileira do Santander é a maior do mundo em número de funcionários, com mais de 55 mil, e também em postos de atendimento, com 2,6 mil.

O balanço do Grupo Santander também traz informações sobre a Getnet, empresa de maquininhas do banco. No Brasil, a captura de transações pela companhia cresceu 15% nos nove primeiros meses deste ano. O banco não informa os volumes.

 

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Sexta, 06 Dezembro 2024

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