Rolls-Royce recebe investimentos para criar mini usinas nucleares

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Rolls-Royce recebe investimentos para criar mini usinas nucleares

Empresa fabrica reatores para submarinos do Reino Unido desde a década de 60.

Foto: Amit Lahav/Unsplash.

A Rolls-Royce tem planos ambiciosos: lançar em breve uma nova geração de minirreatores nucleares, do tamanho de dois campos de futebol e capazes de gerar energia suficiente para abastecer mais de um milhão de casas por 60 anos. Para isso, a empresa garantiu mais de £ 450 milhões de libras do governo do Reino Unido e de investidores privados.

A empresa de engenharia da holding inglesa deve criar um empreendimento focado no desenvolvimento de pequenos reatores nucleares modulares, conhecidos como SMRs. O governo do Reino Unido espera que a nova geração de SMRs seja de implantação mais rápida e barata do que reatores nucleares tradicionais.

A Rolls-Royce prometeu que irá aproveitar décadas de conhecimento de engenharia, design e fabricação para lançar o primeiro de seus minirreatores. A tecnologia utilizada neles é semelhante à já utilizada pela empresa para impulsionar submarinos nucleares.

Cada operação inicial de reator deve ter capacidade de geração de 470 MW, ou o suficiente para abastecer o equivalente a 1,3 milhão de residências no Reino Unido. O custo de cada reator será de de £ 2 bilhões de libras, em média — proporcionando um custo por MW bastante inferior ao de reatores nucleares de grande escala.

Atualmente, cerca de 16% da eletricidade do Reino Unido é gerada por reatores nucleares. Entretanto, mais da metade destes reatores deixará de funcionar em 2025. Com esse cenário, a Rolls-Royce quer entregar um programa de baixo custo, implantável, escalável e investível de novas usinas nucleares.

A criação das novas mini usinas também tem como plano ajudar o Reino Unido a cumprir suas metas líquidas de emissões zero de carbono.

O consórcio espera construir cinco SMRs, o primeiro dos quais poderá entrar em operação até 2031. A ideia é, a longo prazo, ter 16 SMRs em todo o país.

Para Kwasi Kwarteng, secretário de negócios do Reino Unido, a mudança para SMRs é uma oportunidade única para o país implantar mais energia de baixo carbono e garantir maior independência energética. A declaração foi dada em um comunicado à imprensa da Rolls-Royce.

Críticos do projeto, como o Greenpeace, acreditam que o ideal seria o Reino Unido investir em energias renováveis. 

 

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Quinta, 21 Novembro 2024

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