O Nubank anunciou, no fim da quinta-feira (15), sua saída da bolsa de valores brasileira (B3). Segundo o banco digital, o motivo por trás dessa decisão é a redução das cargas de trabalho duplicadas, que são desnecessárias diante do regulamento.

Desde a abertura do seu capital (IPO), o Nubank esteve presente tanto na B3 quanto na NYSE (bolsa de valores de Nova York). Agora, a ideia do banco é maximizar as eficiências e minimizar redundâncias, tornando-se uma empresa de capital aberto em apenas um mercado.

Os investidores do Nubank ainda poderão negociar os recibos de ações (BDRs) da empresa na B3, mas somente em um programa nível 1 - já que este não requer o registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - para isso, será realizada conversão desses recibos, que anteriormente eram de nível três. Ou seja, o Nubank continuará negociando recibos na B3, porém não listado na bolsa.

Segundo o banco digital, a decisão não afetará seu compromisso de longo prazo com o Brasil e o mercado de capitais local. Em nota, o Nubank lembrou que outras empresas mantêm o mesmo esquema no país, como o Google e o Facebook.

Agora, os investidores terão três opções, veja quais:

1. Trocar seus recibos por ações negociadas nos Estados Unidos (EUA);
2. Trocar seus BDRs de nível três por novos de nível um;
3. Vender seus BDRs ou ativos subjacentes na bolsa brasileira ou na americana.
   
   

É importante estar ciente de que, para converter seus BDRs em ações, é preciso deter recibos suficientes - seis ou mais -, além de possuir uma conta ativa em uma corretora nos EUA.

Ao realizar a troca de BDRs para o nível um, o investidor receberá um novo recibo para cada papel que detém. Os "NuSócios" - designação criada pelo banco para clientes que ganharam uma fatia do BDR à época da abertura de capital (IPO) - receberão BDRs de nível um, via comissão mercantil.

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