MRV eleva seu preço-alvo após nova avaliação do Credit Suisse
Análise mudou após analistas reconhecerem a relevância da construtora no exterior através de sua subsidiária, AHS.
O Credit Suisse elevou sua recomendação para a MRV Engenharia - ticker MRVE3 - (construtora brasileira) de neutra para outperform (desempenho acima da média do mercado), o que acarretou uma série de ganhos para a empresa na última quarta-feira (25).
Após a reavaliação, o preço-alvo da MRV aumentou de R$ 15 para R$ 16 reais, com uma valorização de 70% comparado ao fechamento da véspera.
Os analistas que assinaram o relatório do Credit Suisse, cujo título era "compre MRV e ganhe AHS como um presente", Pedro Hajnal e Vanessa Quiroga, afirmaram que o case da MRV tem sido muito interessante, já que é uma empresa tradicional brasileira que está mudando e ganhando relevância no exterior por meio de sua subsidiária, AHS, nos Estados Unidos (EUA).
De acordo com os analistas, a AHS pode representar entre 55 e 60% do lucro líquido da MRV neste ano e no ano que vem.
Desde janeiro houve um aumento de 2 pontos percentuais nos níveis de hipoteca, e a tendência é que eles continuem subindo, o que deve fazer com que a demanda de propriedade migre para a de aluguéis, segundo o relatório.
Com os preços dos aluguéis também em alta, de 16% na base anual, os analistas acreditam que o próximo passo para os investidores será a compra de imóveis com o objetivo de alugá-los.
Segundo os analistas, a demanda do mercado está em alta e a estimativa é que entrem até 1,3 milhão de casas nos próximos três anos, devido à formação de novas famílias. Além disso, a demanda de 1 milhão de casas que ficaram represadas no período pandêmico também foi prevista.
A AHS, subsidiária da MRV, atua dentro dos EUA na Flórida, Texas e Geórgia, estados que vêm apresentando um crescimento nos preços dos aluguéis.
Os dois analistas que escreveram o relatório observaram ainda que no período em que a MRV adquiriu a AHS, a segunda tinha US$ 410 milhões de dólares em projetos de desenvolvimento no Sul da Flórida. Hoje em dia, três anos depois, já se fala em US$ 1 bilhão de dólares em três projetos, em diferentes estados.
MRV no Brasil
Devido ao cenário inflacionário, a operação de baixa renda da MRV no país deve pesar as margens até o final de 2022. A previsão é de que a margem bruta da construtora neste ano seja de 20,5%.
"Enxergamos a empresa entregando uma margem bruta de 30% no longo prazo, mas essa recuperação deve demorar algum tempo. No médio prazo, a AHS deve ser a estrela do show", disseram os analistas. Segundo eles, no preço atual, o investidor compra uma ação da MRV e ganha a AHS.
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