Com a redução do fluxo de caixa e a queda no preço de suas ações, a Meta Platforms (detentora do Facebook, WhatsApp e Instagram) recentemente emitiu US$ 10 bilhões de dólares em títulos de dívida corporativa. A empresa de Zuckerberg, antes, fazia parte do pequeno grupo de menos de 20 empresas listadas no índice S&P 500, de Nova York, isentas de dívidas.

Mas não é apenas a Meta que está realizando grandes empréstimos. Outras grandes empresas de tecnologia também foram observadas tendo o mesmo comportamento, como a Apple e a Intel.

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a oferta da Meta foi dividida em quatro séries. O prazo mais longo da oferta vence em 40 anos, com rendimento de 1,65 ponto percentual acima dos títulos do Tesouro norte-americano.

Por que a Meta decidiu emitir dívida?

Pela primeira vez a empresa apresentou um declínio em sua receita trimestral em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.

A receita do mercado de publicidade digital - que impulsiona o crescimento da Meta há anos - também está sendo prejudicada pelo cenário incerto do setor.

Além disso, a migração dos jovens para outra rede social, Tik Tok, em detrimento das controladas pela Meta, também tem preocupado os gestores.

Em meio a esses desafios, a empresa também vem investindo fortemente no metaverso - um ambiente imersivo de realidade virtual - que é a aposta de Mark Zuckerberg para o futuro.

Para que será usado o dinheiro?

O dinheiro levantado com a emissão dos títulos de dívida poderá ser utilizado para despesas de capital, recompra de ações e aquisições ou investimentos.

Uma avaliação feita pelos analistas da Bloomberg mostrou que a empresa estaria inclinada a reforçar seu programa de recompra, além de contratar e reter funcionários talentosos.

Os papéis da Meta sofreram fortes quedas no último ano, e hoje estão cotados em torno de R$ 170 reais por ação.

Os analistas também acreditam que deve haver uma redução futura em investimentos no metaverso.

E você, o que espera da Meta nos próximos meses?