Meta anuncia segunda rodada de cortes: 10 mil funcionários
O chamado "ano da eficiência", por Zuckerberg, visa reduzir custos e aumentar a agilidade da empresa.
Nesta terça-feira (14), a Meta - detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp - anunciou a demissão de mais de 10 mil funcionários por conta de uma reestruturação que será feita no conglomerado. Os recursos que seriam utilizados para pagar pelo serviço dos empregados, entre US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões de dólares, serão destinados ao processo de reformulação da empresa, informou Mark Zuckerberg, CEO e fundador da companhia.
Segundo o empresário, a decisão foi impulsionada pela instabilidade econômica atual, que, para ele, pode durar por "muitos anos".
Após a publicação do comunicado no site da companhia, as ações da Meta subiram aproximadamente 5,5%, de acordo com o site especializado CNBC.
"Aqui está o cronograma que você deve esperar: nos próximos meses, os líderes organizacionais anunciarão planos de reestruturação focados em achatar nossas organizações, cancelar projetos de prioridade mais baixa e reduzir nossas taxas de contratação", disse o magnata.
Além dos cortes, a companhia também deve fechar 5 mil vagas de trabalho que ainda não foram preenchidas.
Em um documento da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos), a Meta informou que antecipou a redução das despesas totais em 2023, variando de US$ 86 bilhões a US$ 92 bilhões de dólares.
Demissões em massa
O conglomerado vem desligando funcionários desde o ano passado. Apenas no mês de novembro mais de 11.000 trabalhadores - cerca de 13% da equipe geral - foram mandados embora.
2023, ano da eficiência
O chamado de "ano da eficiência", por Zuckerberg, tem como objetivo transformar a Meta em uma "organização mais forte e ágil". Segundo ele, o resultado final da empresa de tecnologia é "o que a empresa constrói para as pessoas".
Como parte da reestruturação, a companhia aumentará o número de subordinados diretos de cada gerente. Mas a ideia geral é "cortar projetos que não estão funcionando ou podem não ser mais cruciais", de acordo com o empresário. "Uma organização mais enxuta executará suas prioridades mais altas mais rapidamente", afirmou o CEO.
Metaverso
Apesar da estratégia para reduzir as suas despesas, a Meta continua gastando bilhões de dólares para desenvolver seu projeto de realidade virtual, que exige tecnologias de ponta.
Em 2022, a unidade Reality Labs da empresa, responsável pelas atividades relacionadas ao metaverso, perdeu aproximadamente US$ 13,7 bilhões de dólares, segundo a CNBC.
Mas não é só a Meta que vem passando por dificuldades, o setor de tecnologia em geral está diante de um cenário desafiador, saiba mais aqui.
Comentários: