Ações da Nvidia sofrem queda após anúncio de restrições dos EUA

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Ações da Nvidia sofrem queda após anúncio de restrições dos EUA

O governo norte-americano alterou as regras de exportação para a China, o que pode causar prejuízo às empresas locais. 

Foto: Colin Behrens/Pixabay.

Com o anúncio da nova regulamentação adotada pelos Estados Unidos quanto às exportações para a China, as ações da Nvidia - uma das empresas que serão impactadas negativamente com a medida - despencaram em 11,17%.

A Nvidia disse em um documento regulatório que os limites impostos pelo governo americano podem provocar a perda de centenas de milhões de dólares em receita.

"A perspectiva da empresa para o terceiro trimestre fiscal, fornecida em 24 de agosto de 2022, considera vendas de aproximadamente US$ 400 milhões para a China, que podem estar sujeitas à nova exigência de licença, caso os clientes não queiram comprar as ofertas alternativas de produtos da empresa ou se o governo não conceder licenças em tempo hábil ou mesmo negá-las a alguns clientes", afirmou a empresa.

A Advanced Micro Devices (AMD), outra empresa que será afetada pelos limites definidos pelos EUA, disse, na quarta-feira (31), que o país recomendou que ela parasse de exportar chips de IA (inteligência artificial) para a China - processo que agora foi dificultado com as restrições.

Um analista do Bank of America (BofA) afirmou ao site Investing que acredita que daqui para frente os EUA terão uma postura mais rigorosa em relação à exportação de ferramentas de computação, rede e automação para o país asiático. Quanto à Nvidia, o analista avaliou que o impacto das novas regras pode ser "manejável com o tempo".

Em uma nota direcionada aos clientes do banco americano, o analista escreveu: "A notícia ocorre em um momento inoportuno, dada a fraqueza do segmento de jogos da NVDA e outras preocupações macro, podendo criar outros impactos não previstos nos programas de P&D da NVDA na China (incluindo a próxima geração de produtos H100)".

Enquanto isso, um analista do Morgan Stanley se mostrou receoso diante do cenário: "o impacto pode ser menor que US$ 400 milhões por trimestre, mas há incerteza quanto a transtornos no curto prazo".

A AMD deve ser menos afetada pela medida em relação a Nvidia, já que ela está "em estágios relativamente iniciais de aplicações de IA para data centers".

Mesmo diante dos novos desafios, um analista da Goldman Sachs manteve sua recomendação de compra das ações da Nvidia. "Nossa visão é que a Nvidia é uma facilitadora da computação acelerada na nuvem e data centers corporativos, daí a nossa avaliação se manter positiva para a oportunidade de crescimento no longo prazo em diversos setores seculares", escreveu o analista em nota.

Entenda as novas regras de exportação dos EUA para a China. 

 

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Quinta, 21 Novembro 2024

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