Aborto: empresas dos EUA vão pagar custas de viagens para procedimento

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Aborto: empresas dos EUA vão pagar custas de viagens para procedimento

A Suprema Corte americana derrubou na última sexta-feira (24) o direito constitucional ao aborto. 

Foto: VBlock/Pixabay.

 Após a Suprema Corte dos Estados Unidos (EUA) derrubar o direito constitucional ao aborto na última sexta-feira (24), grandes empresas anunciaram que irão cobrir as despesas de viagem para seus funcionários que desejarem interromper a gravidez.

A Disney, JP Morgan, Meta e Amazon foram algumas das empresas que se manifestaram a favor dos seus funcionários após a decisão histórica que restringe o procedimento no país e deixa a decisão de políticas quanto ao tema para cada estado,

Muitas empresas disseram que irão incluir os custos da viagem no plano de saúde dos seus funcionários que tiverem que sair de seus estados para realizar o procedimento.

A Disney reconheceu o impacto da decisão e disse estar comprometida a dar aos seus funcionários "acesso abrangente" e cuidados de saúde acessíveis "não importa onde morem".

A decisão afeta diretamente a Flórida, estado em que a Disney emprega em torno de 80 mil funcionários. Nessa região, a partir do dia primeiro de julho, abortos após 15 semanas de gestação serão proibidos.

A JP Morgan assegurou aos seus funcionários dos EUA, por meio de um memorando ao qual a Reuters teve acesso, que irá cobrir as despesas médicas, incluindo "abortos legais". Um porta-voz do banco de investimentos ainda afirmou: "estamos focados na saúde e no bem-estar de nossos funcionários e queremos garantir acesso equitativo a todos os benefícios".

O Goldman Sachs, outro grande banco de investimentos americano, também garantiu a cobertura das despesas de viagem para os funcionários que necessitarem viajar para realizar o procedimento.

Já a Meta disse que irá reembolsar as despesas de seus funcionários nesses casos, quando permitido por lei, "para funcionários que precisem delas para acessar cuidados de saúde fora do Estado". De acordo com um porta-voz da empresa, a Meta está no processo de "avaliar a melhor forma de fazê-lo, dadas as complexidades legais envolvidas".

Uber, Lyft, Levi Strauss e a editora Condé Nast também adotaram medidas semelhantes. A Lyft, empresa de transporte, ainda assegurou a proteção dos seus funcionários diante do cenário, afirmando que "nenhum motorista deveria ter que perguntar a um passageiro para onde está indo e por quê" disse um porta-voz à Reuters.

A Amazon, o banco Citigroup e o site Yelp já haviam divulgado a cobertura das despesas de seus funcionários nesses casos antes mesmo da decisão da Suprema Corte.

O presidente da Yelp disse, em uma postagem no Twitter, que essa decisão "coloca a saúde das mulheres em risco" e que "os líderes empresariais devem se manifestar".

E você, o que achou da decisão da Suprema Corte americana? Concorda com o posicionamento das empresas?

 

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Segunda, 16 Setembro 2024

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