Mercado opera com cautela antes do discurso de Jerome Powell e em meio a impasse político e econômico entre Brasília e Washington
O Ibovespa Futuro começou esta quinta-feira (21) no campo negativo, refletindo a postura cautelosa dos investidores diante do início do simpósio do Federal Reserve (Fed) em Jackson Hole e das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Às 9h06 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em outubro recuava 0,65%, marcando 136.205 pontos.
Os operadores evitam movimentos mais expressivos enquanto aguardam o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, previsto para sexta-feira. A fala pode trazer pistas sobre a possibilidade de corte de juros nos EUA em setembro, fator que tende a mexer com os mercados globais.
No cenário interno, o impasse comercial com os EUA continua no radar, assim como a agenda política. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin participam da abertura do Salão Nacional do Turismo em São Paulo, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda em Sorocaba (SP) e embarca depois para Bogotá.
Nos mercados internacionais, o ambiente também é misto. Em Wall Street, os índices futuros caíram: Dow Jones (-0,33%), S&P 500 (-0,24%) e Nasdaq (-0,18%). Na Ásia-Pacífico, as bolsas fecharam no positivo, com destaque para a Austrália, que destoou do desempenho fraco de Nova York.
No câmbio, o dólar à vista oscilava próximo da estabilidade, cotado a R$ 5,499 (-0,02%), enquanto o dólar futuro avançava 0,40%, aos 5.495 pontos.
As commodities mostravam sinais de força: o petróleo subia após estoques menores que o esperado nos EUA reforçam perspectivas de demanda firme, e o minério de ferro teve alta na China após cortes temporários de produção parecerem menos rigorosos que o previsto.
Com informações do InfoMoney