Em mais um dia de tensões domésticas e externas, o dólar aproximou-se de R$ 5,50 e fechou no maior nível em seis meses na quinta-feira (21). A bolsa de valores subiu pela quinta vez seguida, apoiada pela recuperação das bolsas norte-americanas.

O dólar comercial encerrou a quinta-feira (21) vendido a R$ 5,496, com alta de R$ 0,036 (+0,65%). A cotação chegou a cair na primeira hora de negociação, chegando a R$ 5,43 na mínima do dia, pouco antes das 10h. No entanto, disparou após o Banco Central Europeu (BCE) elevar os juros básicos da zona do euro em 0,5 ponto percentual, a primeira alta em 11 anos.

A decisão do BCE e a expectativa com a reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), na próxima semana, estimularam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando as moedas locais. O dólar está no nível mais alto desde 24 de janeiro, quando tinha fechado a R$ 5,50, e está apenas 1,4% abaixo da cotação registrada no fim de 2021.

O euro comercial, que nos últimos dias vinha caindo perante o dólar, subiu 1,04% com o aumento dos juros pelo BCE. A divisa fechou esta quinta-feira vendida a R$ 5,615 e está no maior valor desde 16 de março, quando estava em R$ 5,62.

Bolsa de valores

No mercado de ações, o dia foi mais otimista. O índice Ibovespa, da B3, fechou a quinta-feira aos 99.033 pontos, com alta de 0,76%. O indicador agora acumula alta de 0,5% em julho, mas ainda cai 5,5% em 2022.

As bolsas no Brasil e nos Estados Unidos têm reagido nos últimos dias, em meio à divulgação de balanços trimestrais das empresas. As quedas recentes deixaram algumas ações muito baratas, o que tem estimulado o interesse de investidores nos papéis e ajudado na recuperação dos índices.

E você, o que acha que vai acontecer com as bolsas e o câmbio?