Dados foram apresentados durante o 4º Fórum Técnico Pré-sal Petróleo.
Nos próximos dez anos a produção de petróleo na camada Pré-sal brasileira deve atingir a marca dos 8,2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) acumulados. Desses, 1,5 bilhão são da União pelo regime de partilha. A comercialização desse óleo deve gerar US$ 116 bilhões de dólares, além de US$ 92 bilhões em royalties e US$ 77 bilhões em impostos. Isso significa US$ 285 bilhões de dólares para os cofres da União até 2031.
Os dados foram apresentados no final de novembro, no 4º Fórum Técnico Pré-sal Petróleo, pelo diretor-presidente da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. (Pré-sal Petróleo S.A – PPSA), Eduardo Gerk.
Gerk destacou que, com o passar do tempo, está aumentando o conhecimento sobre o pré-sal, tornando as projeções mais apuradas: desde o ano passado a estimativa de produção de óleo para a União aumentou em 500 milhões de boe.
O estudo leva em conta os contratos já em vigor e também os campos de Atapu e Sépia, que serão alvo de licitações em 17 de dezembro, na Segunda Rodada de Volumes Excedentes da Cessão Onerosa. Esses contratos devem gerar a produção diária de 3,5 milhões de barris em 2031, com cerca de 1 milhão deles para a União.
Investimentos
Os investimentos no Polígono do Pré-Sal no período serão de US$ 99 bilhões de dólares, sendo US$ 33 bilhões em plataformas de produção, US$ 37 bilhões em poços e US$ 29 bilhões em sistemas submarinos. Até 2031 devem ser contratados 416 poços e 27 FPSOs (navios plataformas).
Redução da emissão de gases tóxicos
Segundo o assessor de Planejamento Estratégico da PPSA, Antonio Cláudio Corrêa, a extração de petróleo gera a emissão média de 20 a 30 kg de gás carbônico por barril de óleo equivalente. Queimado, o combustível fóssil emite 400 kg de CO2/boe. Corrêa afirmou que a Petrobras vai "tentar fazer o dever de casa" para diminuir as emissões no processo de extração.
Fabrício Soares, gerente-geral de Engenharia de Sistemas de Superfície da Petrobras, afirmou que a estatal assumiu o compromisso de reduzir em 32% as emissões de carbono e 40% no metano na exploração e produção. A Petrobrás também se comprometeu a reinjetar 40 milhões de toneladas de CO2 retirados dos poços nas jazidas; todas as ações até 2025.
Depois disso, até 2030, a Petrobras assumiu o compromisso de reduzir as emissões absolutas operacionais totais em 25% e a zero queima de gás natural que sai dos poços junto com o petróleo - em "flare".