Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma alta de 6%.
A arrecadação de impostos, tributos e encargos foi de R$ 41,4 bilhões no primeiro semestre, valor 5,9% maior que no mesmo intervalo de 2022. O recolhimento com o CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) foi de R$ 3,4 bilhões, aumento de 1,9% no período.
O segmento manteve a previsão de investimentos. Para o período de 2023 a 2027, a cifra é de US$ 50 bilhões. O cobre se mantém como o metal com maior expectativa de aumento nos investimentos (255%), a US$ 4,47 bilhões.
Em seguida, o níquel desponta em segundo lugar nos próximos anos com previsão de avanço em 60% de investimentos, para US$ 2,3 bilhões. O minério de ferro, principal produto do setor, deve registrar aumento de 24% nos investimentos, a US$ 16,9 bilhões, destacou o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Ibram, Júlio Nery.
Na contramão, o zinco deve perder 53% dos investimentos, com previsão de US$ 113 milhões. Os investimentos no setor de logística devem subir 51%, a US$ 4 bilhões, e em atividades socioambientais receberão US$ 6,5 bilhões.
Balança comercial
Enquanto as exportações brasileiras, de maneira geral, tiveram alta de 1% no primeiro semestre de 2023, os resultados das vendas externas de minerais encolheram 5,77%, para US$ 19,9 bilhões - devido aos preços das commodities bem mais baixos que nos seis primeiros meses de 2022. Em volume, as vendas externas avançaram 10,2%, a 177,2 milhões de toneladas.
Do total das exportações minerais brasileiras, o minério de ferro responde por 68,9%, seguido pelo ouro (9,2%) e cobre (8%). No caso do minério, o principal destino foi a China (65%). Já para o ouro, os maiores compradores foram o Canadá (34,3%), Suíça (19,3%) e Estados Unidos (18,8%).
As importações minerais caíram em volume (-6%, a 20,91 milhões de toneladas). Também foi registrada retração na receita (-34,2%), que em valores monetários somaram US$ 9,4 bilhões. As importações minerais equivalem a 7,2% no total de importações do País.
O saldo da balança comercial do setor teve avanço de 17,21%, a US$ 13,6 bilhões, representando 30% do saldo total da balança comercial brasileira.
Resultados por commodity
O preço do minério de ferro sofreu queda de 15% nos seis primeiros meses deste ano, fechando com preço médio de US$ 118,34 a tonelada. O níquel também acompanhou a tendência de desvalorização (-12%), a R$ 24,2 mil. O preço do zinco retraiu 26%, a US$ 2,8 mil no mesmo intervalo de comparação. O único metal que registrou valorização foi o ouro, com avanço de 3,7% (US$ 1,94 mil a tonelada).
A queda acentuada no preço de cotação do minério de ferro provocou uma queda de 9% em termos monetários, apesar do aumento de 9,8% no volume de toneladas vendidas ao mercado externo.
No manganês, a receita com exportações foi de US$ 86 milhões, alta de 45% ante os seis primeiros meses de 2022. A commodity também tem como principal destino a China (62,6%).
O volume da bauxita exportado foi de US$ 99 milhões, alta de 34% O cobre, cujos principais destinos são Alemanha (21,9%) e China (18,6%), avançou para US$ 1,5 bilhão, com variação positiva em 32%.
O faturamento do minério de ferro aumentou 3%, para R$ 70,1 bilhões durante os primeiros seis meses deste ano. Já o faturamento do cobre se manteve estável, em R$ 7,9 bilhões, o mesmo valor ante o primeiro semestre de 2022.
O faturamento do ouro registrou queda de 3%, para R$ 11,2 bilhões no primeiro semestre.