Por Redação em Terça, 12 Dezembro 2023
Categoria: Seu dinheiro

Como a inércia, ou status quo, pode sabotar seus negócios

Não fazer nada pode estar te prejudicando; entenda. 

Quando uma pessoa passa a investir no mercado financeiro, uma série de vieses podem influenciar suas decisões significativamente. Entre esses vieses está o do status quo, ou inércia, que consiste em, basicamente, não fazer nada. O tema foi destrinchado em um artigo do jornalista Robert Powell, no site Market Watch. Confira a seguir como esse viés pode sabotar seus negócios e como você pode fugir dele.

"O viés do status quo acontece quando os investidores não conseguem modificar ou atualizar suas decisões de investimento, apesar dos benefícios potenciais. Por exemplo, as pessoas deixam de economizar para a aposentadoria, nunca se reúnem com um planejador financeiro ou não monitoram ativamente sua carteira de investimentos", explicou Sarah Newcomb, diretora de ciência comportamental da empresa de pesquisa Morningstar.

Para Sarah, "melhor o diabo que você conhece do que o diabo que você não conhece" é a raiz do preconceito do status quo. Ela explicou que mesmo quando estamos desconfortáveis ​​com a situação atual, geralmente preferimos o familiar ao desconhecido. "O viés do status quo se comporta muito como a inércia porque pode nos levar a continuar a nos comportar de uma maneira particular, mesmo quando esse curso de ação não é o ideal", disse a especialista.

Sarah alertou que, muitas vezes, dói menos manter o curso do que mudar — simplesmente porque nos sentimos muito desconfortáveis ​​com a incerteza. "Alguns estudos sugerem que realmente preferimos a dor física à dor emocional/psicológica da incerteza", afirmou a diretora. "Isso pode nos levar a seguir caminhos familiares, mesmo quando são financeiramente abaixo do ideal, apenas porque são menos onerosos psicologicamente, pelo menos, no curto prazo", alertou.

Como fugir da inércia?

"Calcule o custo da inação", disse Sarah. "Os depósitos em dinheiro perdem valor com a inflação", lembrou ela. E completou: "Deixar de fazer o reequilíbrio pode fazer com que seu portfólio se afaste drasticamente da estratégia pretendida. Inação é ação".

Sarah ensinou um macete: se você tem medo de cometer um erro ao tomar uma atitude muito drástica, pergunte a si mesmo (ou ao seu consultor) se há um pequeno passo que você poderia dar para melhorar um pouco seu balanço patrimonial. "Em vez de dinheiro, você poderia colocar esses fundos em poupanças com juros altos ou títulos indexados à inflação, por exemplo? Você não precisa se distanciar radicalmente do status quo, mas se a inação significa perdas, mesmo pequenas ações podem ajudar", encerrou a especialista. 

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