Entenda as credenciais necessárias para encontrar um bom orientador financeiro.
Você analisou as possibilidades e decidiu que é hora de consultar um especialista em finanças. No mercado, não faltam pessoas com formações e diferentes nomes de cargos para ajudá-lo a atingir seus objetivos. São consultores, planejadores, treinadores, conselheiros e educadores financeiros, entre outros. Como saber quem consultar? Neste artigo, vamos abordar quem pode ajudar de fato a organizar suas finanças.
Quem é um planejador financeiro?
Planejadores financeiros podem obter certificações, mas é preciso ter em mente que praticamente qualquer pessoa pode afirmar ser especialista em finanças. Entender as credenciais necessárias a um bom orientador financeiro pode te ajudar.
Um planejador financeiro certificado internacionalmente possui a denominação Certified Financial Planner (CFP). Esse profissional passa por exames rigorosos para obter esta certificação e, portanto, deve ser capaz de orientar sobre investimentos, seguros, crédito, consumo e planos de longo prazo.
Para quem procura contratar um planejador financeiro, a quantidade de títulos disponíveis pode parecer confusa. Um educador financeiro, por exemplo, pode dar aulas sobre questões financeiras, mas também ter um consultório particular no qual treina clientes para administrar dívidas, comprar uma casa ou aumentar seus conhecimentos sobre investimentos.
Como identificar o planejador financeiro ideal
Vince Shorb, executivo-chefe do National Financial Educators Council - uma organização que oferece um programa de certificação de educação financeira -, explicou, em uma entrevista ao site Market Watch, que um planejador financeiro pode realizar desde cursos sobre assuntos como criação de riqueza e controle de gastos, quanto escrever blogs, livros de autoajuda e dar palestras.
O desafio, segundo ele, é identificar o valor que esses profissionais oferecem - e se o custo faz sentido para você. A dica dele é "examinar seu histórico, treinamento e estrutura de remuneração".
Os planejadores costumam oferecer planejamento financeiro abrangente, juntamente com produtos e serviços de gestão de investimentos. Eles podem cobrar uma taxa fixa, estabelecer uma porcentagem dos ativos sob sua gestão, ou combinar uma retenção mensal ou trimestral. Alguns ganham comissões sobre os produtos que vendem - e podem exigir um mínimo de ativos para aceitar novos clientes.
Existem consultores independentes e outros que trabalham para uma empresa de serviços financeiros. Os últimos, em geral, elaboram um plano financeiro e gerenciam a carteira de investimentos de um cliente de forma abrangente, cuidando do planejamento de aposentadoria, preparação de impostos e planejamento patrimonial.
Já coaches, conselheiros e educadores não vendem produtos de investimento ou supervisionam portfólios. Eles ensinam a fazer escolhas de investimento informadas, para que os indivíduos sejam mais capazes de decidir por si próprios os caminhos que desejam seguir. "Os educadores financeiros não estão mergulhando nas finanças pessoais de alguém", disse Shorb. "É mais sobre ensinar", enfatizou o especialista.
A reportagem do Market Watch alertou que quem procura aconselhamento financeiro deve observar a distinção entre consultores e educadores. Alguns educadores financeiros se autodenominam planejadores financeiros, mas não administram seu portfólio de investimentos nem lidam com transações como negociações de ações.
Lori Hendrickson, que supervisiona o programa de certificação de educador financeiro da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, ressaltou, na mesma reportagem, que alguns educadores financeiros entram no negócio para ensinar lições aprendidas de suas próprias dificuldades. Mas nem sempre eles são a melhor opção. Analise com calma as credenciais do profissional que irá cuidar de suas finanças, afinal, será seu futuro em jogo.