Diem fracassou e agora busca uma maneira de devolver capital aos investidores.
A crescente pressão dos reguladores fez com que o plano ambicioso de Mark Zuckerberg de construir sua própria criptomoeda fracassasse. Agora o fundador do Facebook está colocando à venda seu projeto.
Segundo um relatório disponibilizado pela Bloomberg nesta quarta-feira, a Diem Association, encarregada de supervisionar o desenvolvimento da moeda digital Diem, está considerando vender seus ativos para que possa devolver o capital para seus investidores.
A Diem está planejando seus próximos passos ao lado de especialistas em investimento, que inclui vender sua propriedade intelectual a fim de receber qualquer valor que lhe resta. Fontes ainda revelaram à Bloomberg que a empresa também está procurando um novo destino para os engenheiros que desenvolveram a tecnologia.
As discussões acabaram de começar e não é certo que a Diem irá encontrar um comprador, mas mesmo que encontre, não é clara a definição de um valor para uma propriedade intelectual, observou o relatório.
Uma das fontes também afirmou que a Meta (empresa dona do Facebook e Instagram) possui em torno de um terço do empreendimento, o restante pertence a membros da associação, como Union Square Ventures, Ribbit Capital e Andreessen Horowitz.
Histórico conturbado
A criptomoeda, no início do projeto, se chamava Libra e havia sido concebida como uma stablecoin, um tipo de criptomoeda que tem valor atrelado a um ativo no mundo real, como o dólar americano e o ouro. O plano de Zuckerberg consistia em lançar uma moeda universal vinculada a uma cesta das principais moedas e dívida do governo.
Banqueiros não gostaram nada da ideia, pois acreditaram que a moeda poderia facilitar atividades como lavagem de dinheiro e violação de privacidade, além de parecer uma rival do dólar americano, uma moeda soberana.
Por fim, os planos para a criptomoeda resultaram em uma stablecoin lastreada em dólares americanos, conhecida como Diem USD. O projeto seguiu um caminho complicado e foi sofrendo êxodo de parceiros corporativos e executivos de nível mais alto.
No início, o empreendimento teve o apoio de diversos grandes parceiros, mas com a ida de Zuckerberg ao Capitólio para defender o projeto, apoiadores importantes como Visa, Paypal e Mastercard o abandonaram.
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