Consórcio será responsável pela retomada das obras após paralisação em 2015.
Na quinta-feira (10), foi celebrada na Eletronuclear, em Angra dos Reis, a assinatura do contrato com o consórcio composto por Ferreira Guedes, Matricial e Adtranz, que retomará as obras na usina nuclear Angra 3. A construção havia sido paralisada em 2015, com R$ 7,8 bilhões de reais já gastos e 65% das obras concluídas.
O acordo foi assinado no dia 9 e divulgado à noite em um comunicado de mercado da Eletrobras. Segundo a Eletronuclear, as empresas que agora fazem parte do consórcio foram vencedoras da licitação para contratar serviços de acordo com o Plano de Aceleração do Caminho Crítico da unidade.
A escolha do consórcio foi divulgada em julho de 2021. As empresas tiveram que passar pelas etapas de recurso e também por uma avaliação de compliance (governança).
No final de janeiro deste ano, foi aprovada pelo Conselho de Administração da Eletrobras, a assinatura do contrato. Logo após, o resultado da licitação recebeu a anuência da Diretoria Executiva e do Conselho de Administração da Eletronuclear.
Retomada das obras
Agora o consórcio começa a se planejar para a retomada das obras na usina. De acordo com a Eletronuclear, uma das principais medidas previstas no Plano de Aceleração do Caminho Crítico da unidade é finalizar a construção da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3.
Também será realizada a montagem eletromecânica, que consiste no fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados.
Uma nova licitação deve ser realizada adiante, a fim de contratar o consórcio ou a empresa que será responsável por terminar as obras civis e a montagem eletromecânica da usina. O novo contrato irá ocorrer via EPC (sigla em inglês para contrato de engenharia, gestão de compras e construção).
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