Papel do banco digital vale menos da metade do valor que tinha na época da oferta.
Já se passaram seis meses desde que o Nubank realizou sua oferta pública de ações (IPO), no dia 9 de dezembro de 2021. De lá para cá, a ação perdeu valor, mas o banco continua indicado para compra por entidades importantes do mercado financeiro. Veja a seguir um panorama dos primeiros seis meses do banco digital na bolsa de valores de Nova York, a NYSE.
Na estreia, mais de 7,5 milhões de clientes aceitaram um 'pedacinho' do banco oferecido de presente - um BDR (Brazilian Depositary Receipt), o NUBR33, negociado na B3. O marketing deu certo e as ações do Nubank começaram a ser negociadas a US$ 9 dólares cada – o que fez com que o banco fosse avaliado em cerca de US$ 41,7 bilhões de dólares, alcançando a vaga de maior instituição financeira da América Latina.
Segundo especialistas, na época houve uma percepção exagerada do valor da empresa - puxada, em parte, pelo aporte de US$ 500 milhões de dólares feito na empresa por ninguém menos do que o investidor bilionário Warren Buffett.
Atualmente, as ações são negociadas abaixo da metade do valor inicial: no fechamento desta reportagem, na quinta-feira (9), o papel era negociado a US$ 4,33 dólares. As questões macroeconômicas também influenciam na queda, além do risco de inadimplência elevada devido ao aumento do custo de vida, que tem atingido em cheio a carteira da base de clientes do Nubank.
Para especialistas ouvidos pelo portal E-Investidor, a dificuldade em monetizar a vasta carteira de clientes - que só cresce - também é um grande desafio para o banco digital.
O anúncio de um pagamento potencial bastante superior à média do mercado para os diretores da empresa - R$ 804 milhões - também deixou o mercado desconfiado em relação à governança do banco, mesmo que os ganhos estivessem atrelados a metas ousadas a serem atingidas.
Mas nem tudo é ruim para o Nubank: no primeiro trimestre de 2022, o banco teve um recorde de receita: US$ 877,2 milhões de dólares, 258% acima do resultado de 2021. O prejuízo também diminuiu: 9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No final de maio, após a divulgação do balanço do 1T22, o BTG Pactual alterou sua recomendação de "venda" das ações do Nubank para "neutra". À época, os analistas do banco classificaram a fintech como "uma máquina de crescimento".
Em entrevista ao E-Investidor, o CEO David Vélez afirmou que está confiante de que o Nubank vá reverter a visão negativa do mercado e rentabilizar sua base de clientes a partir de novos produtos.
E você, acredita no potencial do Nubank ou prefere esperar para ver o que acontece nos próximos meses? Conte para a gente!
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