Há indícios de que pessoas foram expostas a equipamentos possivelmente contaminados.
Nesta quinta-feira (8), Elon Musk foi acusado por uma organização de bem-estar animal de transportar ilegalmente patógenos perigosos por meio de sua empresa focada em implantes cerebrais, a Neuralink.
O Comitê norte-americano de Médicos para Medicina Responsável (PCRM) enviou uma carta ao Departamento de Transportes dos EUA alegando que alguns e-mails e documentos consultados sugerem movimentações inseguras de embalagens e implantes removidos de cérebros de macacos.
Os equipamentos em questão são considerados perigosos, já que podem transmitir doenças infecciosas e, por isso, proibidos perante a lei americana, segundo o PCRM.
Na carta enviada, constam registros de casos de patógenos que podem ter sido transportados sem as medidas protetivas adequadas.
O documento também relata que os incidentes da Neuralink começaram em 2019, quando a companhia obteve ajuda da Universidade da Califórnia (UC) para realizar experimentos com primatas.
Apesar do PCRM ser contra o uso de animais em pesquisas médicas, o comitê não identificou nenhum dano oriundo dessas ações, mas reconheceu o perigo dos experimentos, que "podem representar um risco sério e contínuo à saúde pública".
Também foram encontrados pedidos dos estudantes da UC para receberem um treinamento imediato de risco biológico, após uma série de incidentes.
Em 2019, um funcionário relatou via e-mail que o centro de primatas da Universidade estava em perigo, devido ao "hardware contaminado por macacos".
"Esta é uma exposição para qualquer um que entre em contato com o hardware explantado contaminado e estamos fazendo um grande alarde sobre isso porque estamos preocupados com a segurança humana", expôs o funcionário, cujo nome permanece anônimo.
Resposta da empresa
De acordo com a Neuralink, a pressão colocada nos pesquisadores por conta do prazo de início dos testes em humanos contribuiu para que erros fossem cometidos.
O que você acha desses experimentos realizados pela Neuralink?