Recuperação judicial nos EUA e dificuldades nas lojas brasileiras contribuíram para o fechamento.
Na abertura das suas primeiras lojas no Brasil, em 2014, a Forever 21 atraiu um grande público que ansiava pelas roupas da marca com preço acessível. Mas, em meio à sua recuperação judicial nos Estados Unidos (EUA), a empresa varejista decidiu fechar todas as suas 15 unidades brasileiras e fazer uma megaliquidação para queimar todo o seu estoque até o domingo (19), último dia dos estabelecimentos ativos.
Em 2012, o Ministério do Trabalho dos EUA alegou ter encontrado condições análogas à escravidão nas oficinas de fornecedores da Forever 21 localizadas na mesma cidade da sede da empresa, em Los Angeles, na Califórnia.
De acordo com a revista Forbes, esse não foi o único conflito envolvendo a empresa, que já foi processada mais de 50 vezes por violar direitos autorais.
Público-alvo mudou
Há algum tempo o público vem se tornando mais seletivo quanto às empresas e produtos que consomem. Um movimento chamado slow-fashion (moda lenta, em português), que consiste em pagar mais caro por peças de melhor qualidade, veio com ideais opostos ao conhecido fast-fashion (moda rápida, em português), no qual os produtos são fabricados, consumidos e descartados de forma rápida.
Recuperação judicial
A Forever 21 está desde setembro de 2019 em recuperação judicial nos EUA, o que, segundo a empresa, ocorreu devido à concorrência entre as lojas de rua e o e-commerce. A empresa possui, no total, 800 lojas espalhadas pelos EUA, Ásia, América Latina e Europa.
Novo proprietário
A Authentic Brands Group (ABG), empresa de desenvolvimento de marcas, divulgou na semana passada a compra da Forever 21. O fundo Brookfield Property Partners é o outro acionista da empresa.
Dificuldades da Forever 21 no Brasil
No ano passado, a empresa virou alvo de ações judiciais movidas por shoppings, que cobravam o pagamento dos aluguéis das lojas, que ficaram atrasados durante a pandemia. Sem um acordo firmado, a Forever 21 fechou, no mesmo ano, 11 estabelecimentos localizados em shoppings da rede Multiplan.
Alguns meses depois, após pedido de despejo do shopping RioSul, a Justiça do Rio de Janeiro concedeu 30 dias à marca para se retirar do local. Outros processos também foram movidos pelos shoppings Tijuca e Tijuca Niterói, da rede BRMa.
O que você achou da notícia? Já sabia da retirada da marca no Brasil?