Analista acredita que essa é uma estratégia do bilionário para reduzir o preço da rede.
Elon Musk anunciou a suspensão temporária das negociações para efetuar a compra do Twitter após desconfiar de um estudo apresentado sobre as contas falsas existentes na plataforma. O bilionário pretende revisar os cálculos antes de seguir em frente com o acordo.
Segundo a Reuters, no relatório apresentado pela empresa constava que menos de 5% dos usuários ativos, cadastrados e monetizáveis do Twitter seriam falsos.
"O acordo do Twitter está temporariamente suspenso por causa dos detalhes pendentes que confirmem o cálculo de que contas falsas ou de spam representam, de fato, menos de 5% dos usuários", explicou Musk em sua conta na rede social.
O bilionário ainda fez referência a uma matéria publicada pela Reuters em maio, que apresentava o mesmo cálculo de que menos de 5% dos usuários da rede social seriam falsos.
A analista da Hargreaves Lansdown, Susannah Streeter, em entrevista para a revista Forbes, lembrou que esta métrica de 5% já está disponível há algum tempo nas redes. "Ele claramente já a teria visto… Portanto, pode ser mais parte da estratégia de reduzir o preço".
A possibilidade da compra ser efetuada pelo preço acordado de R$ 278,25 reais por ação caiu 50% pela primeira vez na última terça-feira (11), quando os papéis do Twitter recuaram abaixo de R$ 240 reais.
Os dados mais recentes do Twitter apontam que a rede social tem 226 milhões de usuários ativos diariamente, portanto, se o estudo estiver correto, apenas 11,3 milhões dessas contas são falsas.
Segundo o documento, o cálculo é "aproximado", o que significa que o número de usuários falsos pode ser maior do que o apresentado para Musk.
De acordo com um estudo realizado por uma universidade norte-americana em 2017, 15% dos usuários do Twitter eram robôs naquele período.
Além da confirmação dos cálculos apresentados pela empresa, Musk ainda precisa obter a aprovação dos órgãos reguladores para concretizar sua aquisição. A compra também depende de um empréstimo que comprometeria parte da fortuna do bilionário como garantia.
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