Por Redação em Quarta, 15 Março 2023
Categoria: Negócios

Credit Suisse: ações de bancos europeus despencam e preocupam mercados globais

Após a quebra de dois bancos dos EUA, Credit Suisse e o sistema bancário da União Europeia se mostram fragilizados.

As ações do banco Credit Suisse seguem caindo nesta quarta-feira (15), pelo segundo dia consecutivo. O presidente do Saudi National Bank, Ammar Al Khudairy  afirmou que não sairá em seu socorro. Outros bancos europeus vêm perdendo capital rapidamente e tendo suas negociações na bolsa interrompidas.

“A resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão mais simples que é regulatória e estatutária”, afirmou o investidor, sobre o possível aporte de capital, em entrevista à Bloomberg TV.

O Saudi National Bank assumiu uma participação de 9,9% no Credit Suisse em 2022, como parte do aumento de capital de US$ 4,2 bilhões de dólares para financiar a revisão estratégica destinada a melhorar o desempenho do banco de investimento e abordar uma série de riscos e falhas de conformidade.

A negociação das ações do Credit Suisse chegou a ser interrompida várias vezes durante a manhã, quando chegou a valer, pela primeira vez na história, apenas US$ 2,17 dólares.

Panorama

As ações de bancos europeus vêm enfrentando uma turbulência significativa como resultado das quebras dos bancos norte-americanos Silicon Valley Bank (SVB) e Signature na última semana. Alguns dos maiores declínios incluíram o Société Générale da França, o Banco de Sabadell, da Espanha, e o Commerzbank, da Alemanha. Vários bancos italianos também tiveram a negociação de suas ações paralisadas automaticamente, incluindo o UniCredit. 

O CEO do Credit Suisse, Ulrich Koerner, procurou defender a base de liquidez do banco em entrevistas a órgãos de imprensa internacionais. Em entrevista ao site especializado CNBC, nesta quarta​, o presidente do banco, Axel Lehmann, se recusou a comentar  se a empresa precisaria de algum tipo de assistência governamental no futuro, afirmando que esse não era o tema da conversa.

'Fraquezas materiais'
Na terça-feira (14), o Credit Suisse afirmou, em nota ao mercado, que havia encontrado "fraquezas materiais" em seus processos de relatórios financeiros para 2022 e 2021. No final de 2022, o banco divulgou que estava vendo "saques significativamente maiores de depósitos em dinheiro, não renovação de depósitos a prazo e saídas líquidas de ativos em níveis que excediam substancialmente as taxas incorridas no terceiro trimestre de 2022".

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