Por Redação em Terça, 11 Janeiro 2022
Categoria: Mercados

Veja as previsões para a produção da Vale em 2022, segundo o Itaú

A empresa de minério pode chegar ao seu limite devido aos impactos das chuvas em MG. 

Segundo analistas do Itaú BBA, em nota destinada a seus clientes, a produção de minério de ferro da Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, poderá alcançar o limite inferior da meta que foi estipulada para 2022, de 320-335 milhões de toneladas, devido aos impactos das chuvas em Minas Gerais.

O Itaú enviou a nota para seus clientes na segunda-feira (10), para justificar a paralisação parcial das operações na mineradora no Sul e no Sudeste, que equivalem aproximadamente 30% de sua produção nos primeiros nove meses do ano passado. Segundo o banco, mesmo com a restrição da oferta, a produção poderá sustentar o preço global do minério de ferro.

A paralisação ocorreu "visando garantir a segurança dos seus empregados e comunidades", de acordo com a Vale em declaração feita ao site Investing.

Mesmo com a paralisação, a meta do ano foi cumprida e "de acordo com os cálculos preliminares, uma parada de duas semanas nessas operações poderia ter um impacto de cerca de 3 milhões de toneladas para a Vale", disseram os analistas.

O Itaú disse que é normal nesse primeiro trimestre a produção ser mais fraca, devido às chuvas.

"Embora a Vale não tenha alterado sua orientação de produção de 320-335 toneladas métricas para 2022, acreditamos que o mercado poderia começar a projetar volumes mais próximos do limite inferior da faixa".

A mineradora vem trabalhando para recuperar sua capacidade de produção em Minas Gerais, depois do rompimento da barragem de Brumadinho, há três anos.

Preço do Minério de ferro no mundo

Segundo o banco, os preços do minério de ferro poderiam se sustentar nos atuais patamares elevados. Os preços spot do minério com 62% de teor de ferro destinados à China fecharam em US$ 127,5 dólares por tonelada nesta segunda (10), segundo a consultoria SteelHome, com uma queda de US$ 1 dólar, que está atrelada a preocupações relacionadas à nova variante do covid-19, a Ômicron.

O Itaú ainda alertou que as perspectivas de preço mais altos também levam em conta a retomada de obras na China, medida de estímulo imposta pelo governo, que corresponde a 35% do consumo de aço no país. 

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