A Guide recomenda cinco ações, com o peso de 20% na carteira para cada ativo.
Rodrigo Crespi, especialista da Guide Investimentos, fez algumas recomendações de ações listadas na B3 para esta semana. Segundo ele, os papéis da Petrobras se destacaram com maior apreciação, enquanto os da Americanas tiveram a maior depreciação - deixando a recomendação de compra.
Veja a seguir as ações recomendadas como compra pela Guide para a semana com início em 22 de agosto:
Banco do Brasil ON (BBAS3)
O Banco do Brasil foi a primeira instituição bancária a operar no país e sua principal força é a atuação no varejo bancário. A instituição é a maior no país em termos de gestão de recursos, com mais de 20% do mercado; crédito ao agronegócio com representatividade - uma carteira de R$ 225 bilhões, totalizando um market share de 53,7% no segmento - e crédito consignado com mais de 21% de participação.
A companhia possui cerca de 3900 agências, 1800 postos de atendimento e 800 agências digitais e especializadas, presentes em 96,6% dos municípios do País, além dos canais digitais, com cerca de 21,9 milhões de clientes ativos.
No 1T22, o banco teve uma queda de 6 bps a.a. na sua inadimplência, enquanto viu sua carteira de crédito subir 16% a.a., atingindo o volume total de R$886 milhões de reais, impulsionado principalmente pelo seu forte posicionamento no setor de crédito agro. Para 2022, a Guide estima que o banco mantenha suas margens de rentabilidade estáveis, com uma taxa de inadimplência abaixo da média e expansão marginal de sua carteira de crédito, além de ampliar outras fontes de receita, como previdência e consórcio.
Eletrobras PN (ELET6)
A Eletrobras é a maior geradora do Brasil, com 51 GW em capacidade instalada - o que corresponde a 28% da capacidade total do país. A empresa é adepta das normas ESG, com 97% de sua capacidade vinda de fontes limpas. Ela também é a maior no segmento de transmissão do país e atua na geração e transmissão de energia, além de comercialização.
No 2T22, a empresa apresentou uma forte melhora operacional, mas foi impactada negativamente pela provisão para perdas em investimentos no valor de R$ 890 milhões de reais - em maior parte devido ao aporte de capital feito por Furnas na SPE Santo Antônio Energia pelas provisões de inadimplência e divida da Amazonas Energia. O total das despesas foi de R$ 695 milhões de reais de PCLD e R$ 625 milhões de reais por variação cambial da dívida da distribuidora.
Os analistas da Guide acreditam que a companhia irá evoluir nos próximos trimestres a partir das otimizações, por conta da recente privatização. Para eles, agora empresa poderá focar em ativos mais rentáveis e em uma otimização dos custos operacionais.
Hypera ON (HYPE3)
A Hypera Pharma é a maior empresa farmacêutica do Brasil, em termos de receita líquida. É a única que está presente em todos os segmentos relevantes do varejo farmacêutico, com posição de liderança em diversas categorias. A Companhia oferece produtos de alta qualidade, investe continuamente em inovação e cresce de forma sustentável.
A Hypera é líder no mercado de OTC e possui duas das três maiores marcas do Brasil, além de ser a única empresa com participação relevante em todos os segmentos do varejo farmacêutico. Está listada no Novo Mercado da B3 desde 2008 e conta hoje com aproximadamente 9 mil colaboradores.
Com mais de 5.700 colaboradores, possui um complexo operacional com capacidade de produção de mais de 18 bilhões de doses de sólidos, mais de 120 milhões de unidades de injetáveis e colírios, mais de 1,04 bilhão de unidades de vitaminas e mais de 300 milhões de unidades de líquidos, cremes, óleos e loções.
A Hypera divulgou os resultados do 2T22 ontem após o fechamento do mercado e os números foram bons e levemente acima do esperado: a receita líquida da Hypera atingiu R$ 1.896 milhões de reais (+26% A/A), um pouco acima do consenso do mercado, com vendas sendo impulsionadas por produtos lançados nos últimos anos e também pela onda de doenças respiratórias do 2T22.
A boa aceitação dos produtos da Hypera, confirmado pelo sell-out recorde, deve manter um ritmo elevado de crescimento das vendas nos próximos trimestres.
Lojas Renner ON (LREN3)
A Renner é uma das maiores varejistas de moda no Brasil. Além de desenvolver e vender peças de vestuário e calçados para um público diversificado, ela também comercializa acessórios e cosméticos através de duas marcas próprias.
A varejista oferece mercadorias em certas categorias sob marcas de terceiros, dentre elas Camicado (casa e decoração), YOUCOM (moda jovem) e Ashua (moda plus-size), com o objetivo de se consolidar como o principal ecossistema de moda e lifestyle do país.
O 1T22 da Lojas Renner foi marcado por uma melhora comparado ao mesmo período de 2021 - afetado pelas restrições do Covid-19. Para o 2T22, a expectativa é que os resultados da empresa continuem sólidos e superiores aos níveis pré-pandêmicos - com a volta do fluxo nos shoppings e a melhora da comunicação unificada em múltiplos canais da Renner.
Petrobras PN (PETR4)
A Petrobras segue tendo bons resultados há algum tempo, mesmo com os riscos de intervenções políticas nos preços da empresa e as altas no preço do combustível. Analistas da Guide acreditam que a governança da Petrobras evoluiu.
A empresa continua com bons volumes de produção e redução em seu lifting cost (custo de extração), com maior participação nas operações do Pré-Sal em seu portfólio. A Guide espera a entrada em operação de novos poços a médio prazo, que devem aumentar a produção.
A estatal teve um ótimo resultado no terceiro trimestre de 2021, com Ebitda ajustado recorrente de R$ 63,8 bilhões de reais. A valorização dos preços do petróleo Brent e o aumento das vendas para o mercado interno contribuíram para o resultado.
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