Adriano Pires e Joaquim Silva e Luna defendem o fundo de estabilização de preços.
Após a demissão do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, por Jair Bolsonaro, o economista Adriano Pires foi indicado para assumir o cargo. Com o novo gestor, os debates acerca do preço dos combustíveis não devem mudar - de acordo com uma fonte ouvida pelo site Valor Econômico. O Ministério da Economia continuará resistindo à criação de um fundo de estabilização de preços dos combustíveis.
Segundo a publicação, os auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, acreditam que o novo presidente não irá atuar de forma tão diferente de seus antecessores: os ex-gestores sempre procuraram livrar a estatal da responsabilidade sobre a alta dos preços de derivados de petróleo no mercado interno, além de propor soluções que não afetem os ganhos da petroleira.
Pires defende, junto a Joaquim Silva e Luna, agora ex-presidente da Petrobras, o fundo de estabilização de preços, que depende de recursos do Tesouro Nacional.
Já os especialistas em economia que fazem parte do governo Bolsonaro são contra o fundo de estabilização de preços, porque, segundo eles, é uma solução cara e ineficaz. Um deles ainda afirmou que o Estado sairia perdendo ao enfrentar o cartel internacional de óleo, por falta de recursos.
A equipe de Guedes concordou em subsidiar o diesel, devido aos seus impactos no preço dos alimentos - e não descartaram a possibilidade de ampliação do vale-gás.
Existe a preocupação de como o teto de gastos, que já estava estourado em R$ 1,7 bilhão de reais, irá acomodar de alguma forma essas medidas, já que elas exigem financiamento.
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