Banco digital espera que o mercado brasileiro fique entre os seus cinco maiores.
O banco digital mais popular na Europa, com mais de 18 milhões de clientes ao redor do mundo, está chegando ao Brasil. Glauber Mota, um dos criadores do BTG Pactual, foi o escolhido para chefiar a operação do Revolut no país.
A expectativa é que o mercado brasileiro fique entre os cinco maiores do banco britânico, que já atua em mais de 35 países.
Primeiramente, o Revolut irá ofertar no Brasil serviços como conta e cartão internacional com acesso a diversas moedas. Ao longo do tempo, o banco digital deve aumentar suas ofertas e trazer a experiência de seu superapp global.
"Eu gostaria muito que na Copa do Catar o brasileiro já estivesse aproveitando todo o potencial do app do Revolut. Acho que chegaremos bem antes disso", disse Mota ao Valor Econômico.
Conheça o Revolut
O Revolut foi avaliado em US$ 33 bilhões de dólares na sua última rodada de investimentos e é um grande concorrente do também banco digital Nubank, cujo valor de mercado atualmente é de US$ 37 bilhões de dólares.
O CEO e cofundador da Revolut afirmou em nota que "o Brasil é o maior mercado da América Latina e uma prioridade estratégica para a expansão internacional do Revolut. Com sua vasta experiência nos setores financeiros e um excelente track-record, estamos muito satisfeitos por Glauber se juntar ao Revolut e nos ajudar em nossa missão de criar o primeiro superapp financeiro verdadeiramente global".
Brasil digital
Mota ainda destacou que o Brasil tem uma das populações mais ativas digitalmente, com mais de 112 milhões de usuários com dispositivos móveis. Além disso, o país também possui um número crescente de pessoas utilizando bancos digitais como prioridade.
Para Mota, o fato dos brasileiros viajarem para o exterior e fazerem compras online com cartões de crédito e casas de câmbio, pagando taxas altas, significa oportunidade. "Isso representa uma enorme oportunidade para o Revolut trazer sua oferta de produtos e serviços para que os brasileiros possam comprar", afirmou o executivo.
Além da sede no Brasil, o banco digital também terá um hub de tecnologia para a América Latina. "Estamos terminando de montar o time e botar a estrutura de pé", disse Mota.
Operação no Brasil
O executivo ainda afirmou que inicialmente a operação irá alavancar na estrutura global, mas o plano é que a Revolut solicite logo em seguida ao Banco Central (BC) uma licença de sociedade de crédito direto (SCD). Ele não descartou a possibilidade de uma aquisição, mas disse que se fosse o caso, ela serviria para trazer expertise.
Segundo Mota, a empresa quase não investe no marketing: assim como o Nubank, se populariza a partir do boca a boca. Mas ele afirmou que talvez o banco digital mude sua estratégia em relação a isso.
Questionado sobre o cenário competitivo no Brasil, o executivo respondeu: "a forma como a gente lida com os produtos e clientes é diferenciada, por isso nosso NPS (métrica de satisfação de clientes) é elevado. É tudo baseado em tecnologia, com análise de dados na veia. Nossas sugestões aos clientes são muito assertivas e oferecemos vários benefícios. O Reino Unido é pioneiro no open banking e o Revolut se alavanca muito nisso, e agora poderemos fazer isso no Brasil".
Já conhecia o Revolut? O que achou da vinda deles para o mercado brasileiro? Conte para a gente!