A gestão reiterou a expectativa de uma recuperação consistente do ROE nos próximos trimestres
O Bradesco (BBDC4), o segundo maior banco privado do Brasil, continua sendo alvo de atenção dos investidores, conforme busca se recuperar de uma perda de R$ 24 bilhões em valor de mercado em apenas uma sessão pós-resultados. A perspectiva de um retorno sobre o patrimônio (ROE) acima do custo de capital apenas em 2026 mantém a cautela entre muitos analistas, mas há otimismo em certos setores.
Após uma reunião com o novo presidente do Bradesco, o Morgan Stanley reafirmou sua visão positiva para a ação, mantendo recomendação "overweight" (exposição acima da média, equivalente à compra). Os analistas destacaram sua confiança em uma possível recuperação do ROE "mais cedo do que tarde", com base em informações promissoras compartilhadas pela administração sobre a estratégia de recuperação do banco.
O Morgan vê a administração comprometida em revisar constantemente a posição do banco, com foco em digitalização, controle de custos e centralização no cliente, o que torna a ação do Bradesco atrativa em termos de risco-retorno.
A gestão reiterou a expectativa de uma recuperação consistente do ROE nos próximos trimestres, com um impacto mais significativo em 2025. O plano estratégico do banco visa reacelerar o crescimento do crédito, aumentar a participação de mercado e melhorar a eficiência operacional. A digitalização e a racionalização das agências serão catalisadores importantes para a redução de custos, enquanto uma melhor segmentação e centralização no cliente impulsionarão o posicionamento do banco no mercado.
Embora o Morgan Stanley esteja otimista, outros bancos como Goldman Sachs e Itaú BBA mantêm uma postura cautelosa, com recomendações de venda ou neutras para os ativos do Bradesco. No geral, a opinião dos analistas permanece dividida, com a maioria mantendo uma recomendação neutra para as ações do banco.