Reunimos as opiniões de especialistas em alocação de carteira.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) definiu na quarta-feira (02) a nova taxa de juros referencial, a Selic. Confirmando a expectativa geral do mercado, a nova taxa subiu 1,5 p.p, ficando em 10,75% - o maior patamar desde junho de 2017. Diante deste cenário, qual a melhor maneira de investir?
Reunimos a seguir as opiniões de especialistas sobre os melhores tipos de alocação em um cenário de desaceleração da economia que costuma acompanhar a alta de juros.
A renda fixa aparece como líder entre as opções com menos risco, mas não é a única. O consenso entre especialistas é o de que a bolsa brasileira ainda possui ativos interessantes, mesmo com a alta dos juros, já que o mercado estava esperando o movimento do BC.
CDB Pré-fixado
Segundo a Guide Investimentos, uma boa opção neste cenário é o CDB pré-fixado com vencimento em um ano. Uma sugestão da corretora no momento é o CDB pré-fixado do Banco Master, que oferece rentabilidade de 13,5% por um ano - o que garante 1% ao mês.
O ativo é considerado seguro, já que é coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege investimentos de até R$ 250 mil por CPF, por banco. Para aderir, é preciso fazer a reserva até o dia 6 de fevereiro na plataforma da Guide Investimentos.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic pós-fixado é líquido e seguro, segundo Marilia Fontes, sócia-fundadora da Nord Research, em entrevista ao Valor Invest.
Para ela, a chance de o BC subir juros acima do esperado "é maior do que o risco de elevar abaixo da expectativa, por causa da inflação persistente" - isso faria com que as taxas dos prefixados e atrelados à inflação fossem revisadas para cima, gerando prejuízo a quem comprou. Nesse cenário, segundo Marilia, as melhores oportunidades estão nos pós-fixados.
Títulos atrelados à inflação
Para Christiano Clemente, chefe da área de investimentos do Santander Private Banking, títulos atrelados à inflação são uma boa opção. A declaração também foi dada em entrevista ao Valor Invest.
Segundo Clemente, inflação mais acima de 5% é "bastante taxa". "A alta da Selic já está conseguindo fazer o seu papel de trazer a inflação para mais perto da meta. Ao comprar esses papéis, o investidor consegue aproveitar a inflação e os juros antes de cederem e, em um cenário ruim, caso o país não melhore, se defende aplicado em inflação", explicou.
Para ele, as taxas mais atraentes estão nos títulos com vencimento de médio prazo, até 2029.
Diversificação no exterior
Clemente afirmou que o momento é bom para investir no exterior, mas de maneira diversificada. Segundo ele, a renda fixa nos EUA está interessante e pode ser acessada por meio de fundos de investimentos. Já no mercado de ações, o executivo afirmou preferir diversificar geograficamente. O especialista afirmou que cada investidor tem o seu perfil, mas que entre as opções para o ano estão "bolsa chinesa, europeia, renda fixa ou private equity".
E você, já decidiu a sua melhor opção de investimentos em 2022? Para conversar com quem entende, entre em contato com os especialistas da NeoValor.
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