Por Redação em Quinta, 24 Março 2022
Categoria: Mercados

Privatização da Eletrobras deve ser concluída até 13 de maio

Estatal não irá mais controlar Itaipu e Eletronuclear após o processo.

De acordo com o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, em uma coletiva de imprensa realizada esta semana, a guerra no Leste Europeu e a possível volatilidade e desvalorização das ações da estatal não devem afastar os investidores nem afetar o processo de privatização da empresa.

Limp afirmou que o cronograma está mantido e prevê a finalização do processo de privatização em 13 de maio. "A Eletrobras é um ativo de longo prazo. A gente trabalha com a expectativa de que haja interesse grande na capitalização da empresa", afirmou o presidente.

Para que a desestatização ocorra, o presidente da Eletrobras citou que algumas etapas internas devem ser cumpridas, como preparação e publicação da oferta, tratativas com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e realização do roadshow financeiro.

Em relação às etapas externas, é necessária a aprovação do trâmite pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Quanto ao risco de concentração de mercado na área de geração de energia, com a passagem da participação de 30% do Estado para a iniciativa privada, o presidente da Eletrobras afirmou que a estatal não vai mais controlar Itaipu e Eletronuclear, já amenizando o percentual de geração. Mas, segundo Limp, a transferência do controle de Itaipu e Eletronuclear só será concluída após a desestatização da Eletrobras.

Limp fez questão de destacar que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem o papel de impedir essa concentração de mercado: "a regulação está aí para impedir qualquer efeito de concentração de mercado no setor elétrico. Hoje não temos essa visão", disse. E acrescentou: "Confiamos na regulação do setor para garantir o bom funcionamento do mercado".

Angra 3

Quanto à Usina Nuclear Angra 3, que teve as obras retomadas recentemente, Limp disse que a Eletrobras tem realizado investimentos no Plano de Aceleração do Caminho Crítico. O próximo passo seria definir a tarifa pela CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), depois dos estudos do BNDES serem finalizados.

Questionado sobre a participação da Rosatom (Empresa Estatal de Energia Nuclear da Rússia), o presidente da Eletrobras respondeu dizendo que ainda não existem informações sobre essa participação no consórcio, já que é um processo que ainda vai ser construído, em função da definição da tarifa.

E você, o que acha da privatização da Eletrobras? Conte para a gente!

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