Por Redação em Quinta, 26 Mai 2022
Categoria: Mercados

Presidente da Petrobras é demitido e Ibovespa cai; entenda

Segundo o Credit Suisse, mudanças constantes de CEO aumentam a percepção dos riscos.

O anúncio da terceira troca de presidente da Petrobras em dois anos fez o Ibovespa (principal índice da bolsa de valores de São Paulo) cair na terça-feira (24). Às 16h01, o índice recuou 0,94% a 109.310 pontos. Em torno do mesmo horário, as ações da Petrobras seguiam o mesmo rumo, caindo mais de 4%.

As ADRs (recibos das ações da empresa negociadas na bolsa dos EUA) da Petrobras em Nova York também sofreram uma queda de mais de 11% no pré-mercado.

Em contrapartida, na última segunda-feira (23), a bolsa fechou em uma alta de 1,71% a 110.346 pontos e passou a acumular alta de 2,29% no mês, e ao ano, 5,27%.

Mercado brasileiro

O mercado internacional está sofrendo de forma conjunta com a inflação e o aperto de juros, já que podem desacelerar a economia mundial. Mas no Brasil, a nova preocupação dos investidores é mais uma troca de presidente da Petrobras em meio a uma alta de preços dos combustíveis.

A petroleira já vem há algum tempo sendo criticada por seus preços elevados, mas, com a demissão de José Mauro Ferreira Coelho, anunciada pelo Ministério de Minas e Energia, as incertezas acerca do mercado brasileiro só aumentam, tendo em vista que essa é a terceira troca de presidente da estatal no governo de Jair Bolsonaro.

O início das negociações das ações da Petrobras na terça-feira também contribuiu para sua queda, já que descartam o direito de pagamento de dividendos anunciados no dia 5.

Segundo o Credit Suisse, em fala ao portal G1, "mudanças recorrentes para o cargo de CEO aumentam substancialmente a percepção de riscos". O banco ainda disse ao jornal que não espera grandes mudanças vindas da estatal a curto prazo.

A Petrobras não faz o reajuste dos preços dos combustíveis há 75 dias, o que significa que este é o maior intervalo sem reajustes há mais de dois anos e meio.

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), além de apontar uma defasagem de 8% na paridade internacional, disse ao G1 que a estatal está "segurando os preços" em meio à turbulência.

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