Expectativa de cortes nas taxas nos Estados Unidos impulsiona metais preciosos e reforça a busca por proteção em meio às incertezas globais
O mercado de metais preciosos vive um momento histórico. Nesta segunda-feira (22), o ouro ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 4.400 por onça, enquanto a prata atingiu seu maior preço da história, impulsionados pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos e pela busca dos investidores por proteção.
Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o ouro à vista subia cerca de 2%, alcançando US$ 4.426,66 por onça, novo recorde. Já os contratos futuros negociados nos EUA operavam próximos de US$ 4.450.
No acumulado de 2025, o ouro já sobe quase 68%, registrando sua maior valorização anual desde 1979. O movimento é sustentado principalmente por compras de bancos centrais, ambiente de juros mais baixos e aumento da demanda por ativos considerados seguros.
A prata também disparou, com alta de mais de 3% no dia, chegando a US$ 69,44 por onça, maior nível já registrado. No ano, o metal acumula valorização de aproximadamente 139%, impulsionado por escassez de oferta, uso industrial crescente e forte interesse de investidores.
Segundo analistas, a expectativa de redução das taxas de juros nos EUA favorece metais que não pagam rendimento, como ouro e prata. Além disso, tensões geopolíticas e incertezas globais continuam reforçando a busca por proteção.
Outros metais também avançaram. A platina subiu mais de 5%, atingindo o maior preço em mais de 17 anos, enquanto o paládio chegou ao seu nível mais alto em quase três anos.
A projeção de grandes bancos é de que o ouro possa alcançar US$ 4.500 por onça em 2026, caso o cenário de juros mais baixos e incertezas globais se mantenha.