Confira os movimentos dos mercados nesta terça-feira, 04.
O fechamento das bolsas americanas nesta terça-feira, 4, devido ao feriado ao Dia da Independência dos EUA, instiga moderado ajuste do Ibovespa, apesar da alta do petróleo, do noticiário corporativo e do alívio no dólar. Além disso, a ausência de Nova York tende a limitar a liquidez.
Na segunda-feira, 3, o principal indicador da B3 fechou em alta de 1,34%, aos 119.672,78 pontos, em meio ao novo alívio nas projeções de inflação na Focus, após o CMN, e ainda puxado pela possibilidade de aprovação de pautas econômicas esta semana na Câmara. Após quase perder a marca dos 119 mil pontos, às 11h19, o Ibovespa caía 0,14%, aos 119.500,64 pontos.
"É um dia sem fluxo. Nova York dita a regra. Ontem o pregão nos Estados Unidos foi mais curto e aqui andou bem, principalmente com ações ligadas a commodities, talvez com o mercado um pouco menos decepcionado com o PMI chinês indicado atividade fraca", avalia João Piccioni, analista da Empiricus Research.
A agenda esvaziada também abre espaço para alguma correção do Índice Bovespa. No Senado, acontece a sabatina dos novos diretores indicados para o Banco Central (BC), Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Ailton Aquino (Fiscalização).
"Os dois diretores indicados ao Banco Central participam de sabatina no Senado, com os holofotes voltados para Gabriel Galípolo, com histórico de visões econômicas heterodoxas", menciona em relatório o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria.
Mais cedo, o IBGE informou que a produção industrial cresceu 0,3% em maio ante abril, ficando pouco acima da mediana positiva de 0,1% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast.
O mercado fica na expectativa da votação do projeto de lei que reinstitui o voto de qualidade no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) na Câmara, dando um passo importante à pauta econômica desta semana. Porém, não há garantias de que o projeto será votado nesta terça-feira como almeja o governo.
"O Ibovespa está meio que num compasso de espera", diz o analista da Empiricus Research.
As bolsas europeias caem de forma moderada, enquanto o petróleo sobe quase 2,00%, o que pode estimula alta das ações da Petrobras, ainda motivada pelo noticiário envolvendo a empresa. A estatal concluiu a emissão global de US$ 1,25 bilhão, com retorno de 6,625% para o investidor e vencimento em 3 de julho de 2033. Segundo empresa, a demanda foi 3,4 vezes maior do que a oferta. Petrobras subia em torno de 0,80%.
Já os papéis da BRF subiam perto de 1,50%. A empresa anunciou que fará uma oferta pública primária de 500 milhões de novas ações de emissão da companhia. Considerando o preço do fechamento do papel no pregão de 30 de junho, de R$ 8,91, o montante total deve alcançar R$ 4,455 bilhões, sem considerar ações adicionais. Com o lote extra, a oferta pode chegar a R$ 5,346 bilhões.
Ainda, a MRV informou que está analisando a possibilidade de realizar uma oferta pública primária de ações. Os papéis avançavam 2,23% às 11h17.
"Alguns papéis passam por alguma realização. Por outro lado, ações ligadas a ofertas publicas estão se movimentando bem", diz Piccioni.