Por Redação em Quinta, 18 Agosto 2022
Categoria: Mercados

É melhor investir num CDI ou no Tesouro?

Quanto maior a Selic, menor o valor de mercado dos papéis prefixados e indexados ao IPCA. 

O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou mais um aumento na taxa básica de juros (Selic), para 13,75%, no início deste mês. Com isso, os juros dos títulos prefixados do Tesouro Direto começaram a desacelerar, abaixo dos 12%.

Neste momento, grande parte dos investidores se pergunta qual é a melhor opção de investimento. Veja a seguir as recomendações de Pietro Consolaro, analista da XP, ao Valor Econômico.

No começo da semana, os papéis mais curtos do Tesouro, com vencimento em 2025, estavam oferecendo um retorno de 11,89% ao ano. A diferença de 1,86 ponto percentual entre o juro oferecido pelo papel prefixado curto e a Selic já era grande, mas nesta semana avançou ainda mais, enquanto o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) tem oferecido um retorno de 13,65% ao ano.

"Quando temos um ciclo de aperto monetário, ou seja, elevação da taxa de juros para um nível que desacelere a inflação, é normal que os prefixados tenham taxas menores, pela expectativa de que os juros serão mais baixos à frente. Isso pode confundir os investidores na hora das aplicações, porque as taxas sempre estão mensuradas em porcentagem ao ano", explicou o especialista.

Ao ser questionado pelo Valor Econômico se vale a pena manter um título que rende menos do que a Selic e o CDI até 2025, o especialista respondeu: "a chave é a diversificação. Não conseguimos prever com precisão a trajetória de juros e inflação, mas diversificar a remuneração e os prazos protege os investidores de surpresas".

Consolaro ainda lembrou a expectativa de mercado para o próximo ano, que consiste na queda gradual da Selic, o que pode beneficiar os títulos prefixados no curto prazo.

O especialista recomenda que os investidores mais conservadores mantenham suas aplicações em ativos pós-fixados, como o Tesouro Selic ou investimento atrelados ao CDI, por serem menos arriscados.

Já para aqueles que pretendem se manter nos títulos prefixados de curto prazo, Consolaro recomenda que a alocação seja relativamente baixa e que essas aplicações sejam retiradas somente no vencimento.

Você já investiu em um CDI ou no Tesouro? O que achou? Conte para a gente aqui embaixo e nas redes sociais! 

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