Ministério promete revolução no setor energético brasileiro.
O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou um estudo sobre o potencial de digitalização do setor energético brasileiro. Segundo o documento, o setor poderá passar por adaptações tecnológicas como transformar medidores de energia e outros equipamentos em unidades de inteligência artificial, além de um processo de digitalização, como ocorreu com as telecomunicações.
O estudo "Uso de Novas Tecnologias Digitais para Medição de Consumo de Energia e Níveis de Eficiência Energética no Brasil" ainda não tem aplicação programada, mas, segundo Carlos Alexandre Príncipe Pires, diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME e coordenador do projeto Sistemas de Energia do Futuro, deve mostrar à comunidade e às empresas do setor energético o impacto que a digitalização de equipamentos e serviços pode significar para o Brasil.
O trabalho usou como base experiências europeias no uso da Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT), Big Data e tecnologias digitais de ponta e traz informações sobre a utilização dessas tecnologias para coletar, processar e analisar dados de consumo de energia e medição da eficiência energética no contexto brasileiro.
Para Pires, o processo será veloz e sem volta. "A tendência é que esse processo se dê mais rápido do que o ocorrido nas telecomunicações (...). Mas tudo vai depender de um passo ainda a ser dado na modernização do setor elétrico", disse o diretor. Para ele, o passo deve ser dado antes no mercado livre de energia, "porque é intrínseco à liberdade de mercado".
Segundo o executivo, a digitalização do setor abrange não apenas consumo e oferta, mas "possibilidades quase infinitas do uso de inteligência artificial para a melhoria de processos". O estudo sugere que o consumidor passe a ser "prossumidor": um consumidor mais proativo que também pode se tornar produtor "ao gerar, consumir e distribuir energia a partir da própria casa", afirmou Pires.
Como exemplo da digitalização que poderia ocorrer, um ar-condicionado poderia ser ligado ou desligado à distância, via geolocalizador, que iria repassar essa informação à central de energia da casa pela internet. O mesmo vale para luzes e outros aparelhos eletrônicos.
No setor de distribuição de energia, ligações e desligamentos de energia passariam a ser realizados de maneira remota. Na indústria, sensores poderiam trazer mais eficiência à cadeia produtiva. Há possibilidade até mesmo de que as baterias dos carros - elétricos - possam servir de backup em situações de falta de energia nas residências.
O estudo apresenta ainda os desafios básicos, técnicos e de infraestrutura de rede que o Brasil precisa transpor para avançar na digitalização dos serviços oferecidos pelas companhias elétricas.
O estudo completo pode ser acessado aqui.
E você? Já pensou em investir no setor elétrico? Ou já investe? Conte para a gente nos comentários!
Disclaimer: O portal Money Now News não faz recomendações de investimentos, nem de compra nem de venda. As informações contidas em nossas reportagens não refletem a opinião do veículo, trazem fatos do universo econômico e replicam falas de pessoas com conhecimento e experiência no mercado. Se você não tem experiência, não opere.