A cotação do dólar teve uma alta de 4% na última semana, a maior desde março de 2020.
Enquanto a cotação do real está sofrendo, o dólar vem subindo. Durante o feriado de Tiradentes houve uma alta de mais de 4% na moeda estrangeira, a maior desde março de 2020, com ela voltando à casa dos R$ 4,80 reais. O movimento continuou nesta semana e na tarde desta quinta-feira (28) era cotado a R$ 4,97 reais.
Para os analistas, existem dois fatos que contribuíram para o cenário: o discurso do presidente do Fed (o banco central americano), Jerome Powell, durante um evento do Fundo Monetário Internacional (FMI), que despertou preocupações no mercado em torno do aumento de juros pelos EUA. Nele, Powell se mostrou favorável a aceleração do aumento da taxa.
O outro motivo é o receio acerca das consequências de a China estar passando por outro período difícil da pandemia, com restrições e um possível lockdown, que podem acabar impactando negativamente o mercado mundial e desaquecendo o mercado de commodities.
De acordo com um relatório divulgado pelo banco Wells Fargo, a economia da China "está sob pressão" e "um crescimento mais suave na China contribuirá para um crescimento geral mais lento do PIB global".
O documento também menciona o impacto do atual cenário nos países emergentes: "O crescimento global mais lento e uma perspectiva econômica mais incerta na China provavelmente serão, em nossa opinião, outro fator contribuinte para a depreciação cambial dos mercados emergentes".
Além das adversidades vindas do exterior, a perspectiva interna não é das melhores, com o mercado já incrédulo de que o Comitê de Política Monetária (Copom) encerre mesmo o ciclo de aumento da taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião, que irá acontecer nos dias 3 e 4 de maio.
E você, o que achou do novo aumento da cotação do dólar? Já esperava por ele? Conte para a gente!