Bolsa caiu 0,85% na terça-feira, em meio a tensões eleitorais e negociações de PEC.
Em mais um dia instável no mercado financeiro, o dólar subiu e a bolsa caiu em meio a tensões eleitorais e às negociações em torno da proposta de emenda à Constituição (PEC) para retirar parte das despesas do teto de gastos no próximo ano. A moeda norte-americana anulou a queda da segunda-feira (21), a bolsa reverteu os ganhos da véspera e voltou a aproximar-se dos 109 mil pontos.
O dólar comercial encerrou a terça-feira (22) vendido a R$ 5,38 reais, com alta de R$ 0,069 (+1,3%). A divisa chegou a cair nos primeiros minutos de negociação, mas inverteu o movimento e passou a subir ainda pela manhã. No fim da tarde, a cotação disparou e chegou a R$ 5,40 reais, por volta das 16h30, pouco após o PL anunciar uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para questionar a validade de urnas fabricadas antes de 2020.
O mercado de ações teve desempenho semelhante. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 109.036 pontos, com recuo de 0,65%. O indicador operou em leve alta durante a manhã, chegou a despencar 1,66% pouco antes das 17h, mas amenizou a queda na hora final de negociação.
Na terça, o dólar voltou a fechar na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana caiu 0,3% perante as principais moedas do mundo. Além da ação do PL questionando o resultado das eleições, os investidores aguardam o desdobramento das negociações em torno da PEC da Transição.
O governo protocolou um texto que pedia a exclusão de R$ 198 bilhões de reais, mas os senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Tasso Jereissatti (PSDB-CE) sugeriram propostas que diminuiriam o impacto para R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões de reais, respectivamente. A falta de novidades em relação às discussões provocou nova volatilidade no mercado ontem.
Hoje (23), o dólar se manteve em R$ 5,38 durante o dia, até o fechamento desta reportagem, às 15h20.