Bolsa subiu 0,82% na quinta-feira (19), impulsionada por petroleiras e varejistas.
Em um dia volátil no mercado financeiro, o dólar fechou praticamente estável após superar os R$ 5,20 durante boa parte da sessão de quinta-feira (19). A bolsa de valores subiu pela terceira vez consecutiva, impulsionada por petroleiras e por varejistas concorrentes das Lojas Americanas.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,171 reais, com alta de apenas 0,16%. A cotação abriu em R$ 5,24 reais e ficou acima de R$ 5,20 até a hora final de negociação, quando desacelerou até fechar perto da estabilidade.
A divisa acumula queda de 2,06% em 2023. Apesar do recuo de ontem, a moeda norte-americana sobe 1,27% na semana.
Bolsa
O mercado de ações também teve um dia de volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou a quinta-feira aos 112.923 pontos, com alta de 0,62%. O indicador chegou a cair 0,82% na abertura da sessão. Após alternar quedas e momentos de estabilidade, a bolsa passou a subir perto do fim das negociações.
Mesmo a queda nas ações das Lojas Americanas não afetou a bolsa. Os papéis da varejista caíram 42,53% e fecharam em R$ 1 real. Assim que a companhia comunicou o pedido de recuperação judicial, a B3 excluiu as ações da empresa de todos os índices da bolsa brasileira.
Fatores domésticos e internacionais influenciaram o mercado. No cenário interno, as negociações começaram o dia com nervosismo, por causa da entrevista da quarta-feira (18) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma emissora de televisão. Na conversa, o presidente criticou a autonomia do Banco Central (BC) e a política de juros do órgão.
Os ânimos só arrefeceram no fim do dia, após o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, descartar a redução da autonomia do Banco Central (BC). Nas redes sociais, o ministro escreveu que "a política monetária e o papel de análise da macroeconomia do Banco Central são de extrema importância". O dólar desacelerou, e a bolsa passou a subir imediatamente após a postagem.
No mercado externo, o dólar teve um dia misto, caindo perante o euro, mas subindo diante das moedas de vários países emergentes. A divulgação de vários dados que mostram a desaceleração da economia dos Estados Unidos, que ontem tinha provocado turbulência nas bolsas internacionais, hoje aumentou a expectativa de o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) desacelere as altas de juros nas próximas reuniões.