Bolsa interrompeu sequência de três quedas e subiu 0,81% na segunda-feira (21).
O dólar teve, na segunda-feira (21), forte queda e aproximou-se de R$ 5,30 reais em meio às negociações para reduzir o volume de recursos a serem excluídos do teto de gastos no próximo ano. A B3 (bolsa de valores) interrompeu uma sequência de três quedas e subiu quase 1%.
O dólar comercial encerrou a segunda-feira vendido a R$ 5,311 reais, com recuo de R$ 0,064 centavos (-1,2%). A cotação teve um dia de volatilidade, chegando a R$ 5,37 reais por volta das 12h30. Ao longo da tarde, a tendência de baixa firmou-se, com a moeda caindo para R$ 5,30 reais na mínima do dia, por volta das 15h30.
Com o desempenho do dia, a divisa acumulou alta de 2,81% em novembro. Em 2022, no entanto, o dólar caiu 4,75%.
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela volatilidade. Após alternar altas e baixas, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 109.748 pontos, com alta de 0,81%. Apesar do agravamento das restrições à covid-19 na China, após as primeiras mortes em meses, algumas ações se recuperaram de quedas nas últimas semanas porque ficaram baratas e atraíram compradores.
Após dias de instabilidade, o mercado financeiro teve um alívio, com dois senadores apresentando propostas de emenda à Constituição (PEC) alternativas para diminuir o volume de recursos que ficariam fora do teto federal de gastos em 2023.
O governo protocolou um texto que pedia a exclusão de R$ 198 bilhões de reais do teto, mas os senadores Alesandro Vieira (PSDB-SE) e Tasso Jereissatti (PSDB-CE) sugeriram propostas que diminuiriam o impacto para R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões de reais, respectivamente.
Declarações recentes do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, de que pretende manter a responsabilidade fiscal sem se descuidar da responsabilidade social, também ajudaram a amenizar o clima.
O mercado doméstico descolou-se do cenário internacional. O dólar caiu no Brasil, apesar de subir no exterior por causa do aumento de casos de covid-19 na China e de novas sinalizações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de manutenção do rigor no combate à inflação nos Estados Unidos.