Seguindo seu vizinho e parceiro comercial, Estados Unidos, o Canadá acaba de anunciar uma tarifa de 100% sobre as importações de veículos elétricos chineses.
Foi anunciado nesta Segunda-feira (26), uma tarifa adicional de 100% sobre os preços de veículos elétricos importados da China que chegam até o Canadá. Tal decisão segue em linha semelhante à dos Estados Unidos, que recentemente implantou medidas para diminuir a chegada dos carros chineses até as terras americanas. Normalmente, essas medidas são justificadas pela concorrência desleal que a China tem dentro destes mercados, e que posteriormente acabam "inundando" outros países com seus veículos relativamente mais baratos.
Sem novidades
Este tipo de decisão não é novidade ao redor do mundo, assim como aconteceu nesta Segunda-feira no Canadá e pouco tempo atrás nos Estados Unidos, a União Europeia impôs 38% de tarifa no mês de julho aos veículos do mesmo segmento provenientes do mercado chinês. É importante notar que estes países, por natureza, já tinham tarifas em vigor neste setor da economia. Então estas tarifas mais altas, como a de 100%, soma-se as anteriores. Por exemplo no Canadá, a tarifa que já estava em vigor (6,1%), soma-se com a nova tarifa de 100% sob os veículos.
Defender os Interesses
Representantes dos países que adotaram estas medidas, justificam estas tarifas como uma forma de defender os interesses dos investidores e empresas nacionais. Países como Canadá e Estados Unidos que estão eletrificando uma boa parcela da frota, fornecem incentivos fiscais e políticas de energias limpas para desenvolvimento desta indústria que tanto cresce. Este tipo de decisão não afeta somente os carros, mas também onibus, caminhões, vans e até mesmo os híbridos.
Mercados Alternativos
Uma estratégia que vem sendo utilizada pelos fabricantes chineses, aparentemente se concentram em países na qual sua relação comercial seja mais flexível (assim como Brasil). Visivelmente, muitos fabricantes chineses conseguiram estabelecer sua presença em países Sul Americanos, onde o desenvolvimento desta indústria de veículos elétricos ainda é muito escassa. Com as novas tarifas aplicadas pelos países mais desenvolvidos, talvez a alternativa seja, estimular ainda mais a entrada nos mercados emergentes.