Os dados divulgados reforçam a expectativa por uma pausa no ciclo de aperto monetário do Fed.
As bolsas da Europa fecharam em alta nesta terça-feira, 13, após a desaceleração da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos reforçar expectativa por uma pausa no ciclo de aperto do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira. O corte de juros na China também contribuiu para o movimento e se sobrepôs ao recuo do desemprego no Reino Unido, que ampliou aposta por mais elevação da taxa básica do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).
Fechamento das bolsas de valores da Europa:
- Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,32%, a 7.594,78 pontos.
- Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 0,57%, a 27.566,03 pontos.
- Em Madri, o Ibex35 recuou 0,11%, a 9.333,70 pontos.
- Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,22%, a 5.997,68 pontos.
- Em Frankfurt, o DAX ganhou 0,83%, a 16.230,68 pontos.
- Em Paris, o CAC 40 subiu 0,56%, a 7.290,80 pontos.
CPI norte-americana
A publicação do CPI dos Estados Unidos consolidou de vez a perspectiva do mercado de que o Federal Reserve optará por pausar o ciclo de altas na quarta. Por volta das 12h50 desta terça, a probabilidade de manutenção das taxas no nível atual em junho era de 91,9%, contra 8,1% de chance de aumento de 25 pontos-base. Ao mesmo tempo, prevalece a visão (60,1%) de que o banco central retomará o aperto monetário na decisão seguinte, em julho.
Efeitos da CPI ao redor do mundo
A inflação em desaceleração apoiou a alta em Londres, de acordo com o analista da CMC Markets Michael Hewson. "Os últimos números da inflação dos EUA para maio chegaram ao nível mais baixo em dois anos, e a especulação sobre novas medidas de estímulo à economia na China aumentou o ânimo", comentou Hewson. Em meio à uma recuperação nos preços de energia, as ações da Shell e da BP fecharam com ganhos de 0,8 e 0,5%, respectivamente.
O cenário reforçou o bom humor que já predominava no Velho Continente desde abertura, na esteira de corte de juros de curto prazo pelo Banco do Povo da China.
Também em foco, o CPI da Alemanha desacelerou em maio, em mais um indício de arrefecimento das pressões inflacionárias na região.
O ambiente deixou em segundo plano a repercussão do recuo no desemprego britânico, que aumentou pressão para que o BoE aumente as taxas de juros na reunião da próxima semana, de acordo com análise da Capital Economics.
A fala do presidente da autoridade monetária, Andrew Bailey, de que a desaceleração da inflação está demorando mais que o previsto, também apoia a previsão de que o BC britânico deverá aumentar taxas de juros.
*Com informações da Dow Jones Newswires.