Crise na moeda digital envolve outra criptomoeda; entenda.
O Bitcoin retornou nesta terça-feira (10) ao patamar de US$ 31 mil dólares (R$ 162 mil reais), após atingir o valor mínimo desde julho de 2021 - menos de US$ 30 mil - na noite desta segunda-feira. A queda foi puxada pelo movimento global de venda de ativos de risco devido às incertezas quanto à economia mundial – com taxas de juros subindo e o perigo real de uma futura recessão nos Estados Unidos.
O Bitcoin teve queda de 6% em 24 horas. Apesar de considerada volátil, a moeda digital registrou perdas da magnitude de 18,5% na última semana. O Ethereum, segunda maior criptomoeda em valor de mercado, também balançou e, no total, o mercado de criptomoedas desabou, junto, cerca de US$ 200 bilhões de dólares em um único dia.
A queda do Bitcoin
Esperada por boa parte dos analistas em meio a um cenário desfavorável, a queda do bitcoin passa por mudanças no comportamento do consumidor, que volta a comprar offline após o período de isolamento, e pela própria dinâmica do mercado de moedas digitais.
A nova stablecoin TerraUSD (ou UST), do projeto Terra (LUNA), precisou liquidar US$ 850 milhões de dólares de suas reservas em Bitcoin, o que contribuiu para aumentar a pressão de venda da moeda digital nesta semana.
Em meio ao medo de que a stablecoin perdesse a paridade com o dólar, houve fuga de investidores e caos generalizado. Com o sistema emitindo mais tokens Luna, o preço da moeda caiu.
Com medo de prejuízo, investidores da Luna também se desfizeram de suas posições, enfraquecendo ainda mais a paridade, com a Luna perdendo mais da metade do valor e a UST perdendo quase metade - indo de US$ 1 dólar para US$ 0,60 centavos na última noite.
A Binance chegou a interromper os saques de Luna e UST, que foram retomados após a UST recuperar o patamar de US$ 0,90 centavos na manhã de terça-feira.
Perdas em criptomoedas
Segundo dados da plataforma de derivativos Bybt, traders de futuros perderam US$ 346 milhões de dólares somente em Bitcoin. As perdas em Ethereum somaram US$ 321 milhões e, em Luna, US$ 87 milhões.
No total, traders somaram um prejuízo próximo de US$ 1 bilhão de dólares. Desses, quase US$ 800 milhões vieram de usuários que miraram no fundo de mercado e abriram posições compradas com alavancagem.
Futuro do Bitcoin
A maioria dos analistas acreditam que a queda ainda não terminou, devido aos próximos aumentos nas taxas de juros norte-americanas, que ainda devem ocorrer em junho e julho - e devem fazer as moedas digitais perderem ainda mais valor de mercado.
Para eles, a partir de setembro, caso o Federal Reserve pare de subir as taxas, pode surgir um ponto de virada, com novo aumento na cotação das criptomoedas. No meio do caminho, no entanto, existe a possibilidade de ocorrerem fortes quedas, com a moeda descendo abaixo do patamar de US$ 20 mil dólares.
O que pode parecer filme de terror para muitos investidores, no entanto, pode ser uma bênção para quem quer investir em moedas digitais a longo prazo. Qual é o seu caso? Conte para a gente!
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