O Índice Agro Free Float Setorial (IAGRO-FFS) traz na carteira ações e units de companhias do setor.
A B3, a bolsa do Brasil, acaba de anunciar a criação de um novo índice que irá acompanhar o desempenho das empresas do agronegócio no Brasil: o Índice Agro Free Float Setorial (IAGRO B3).
A carteira do novo indicador, que estreia nesta segunda-feira (16) e valerá até 02 de setembro de 2022, será composta por ações e units de companhias listadas que foram categorizadas como Agronegócio pela nova classificação setorial criada pela B3 a pedido do mercado. Ela estará disponível no site da B3, no seguinte caminho: Market Data e Índices, Índices de Segmentos e Setoriais, Índice Agronegócio B3 (Classificação Agro B3).
O IAGRO B3 é o primeiro índice da bolsa do Brasil com temática agro. Sua criação é um passo importante para facilitar o investimento nesse setor da economia, já que permite que novos produtos com exposição ao agronegócio, como ETFs e outros fundos passivos, passem a ser oferecidos para os investidores.
"Com o lançamento do IAGRO, a B3 responde a uma demanda do mercado sobre um setor que é extremamente representativo para a economia brasileira", comentou Luís Kondic, diretor executivo de Produtos Listados e Dados da B3.
A criação do IAGRO B3 é mais uma das iniciativas da B3 de impulsionar o agronegócio, conectando o setor e os investidores a produtos e serviços financeiros que protegem e financiam o crescimento do setor.
Nesse sentido, a bolsa do Brasil já oferece um ambiente para listagem das companhias do agronegócio, para captação de recursos via ofertas de ações (IPOs e Follow-ons); produtos que auxiliam os produtores rurais e toda a cadeia produtiva no financiamento da produção agrícola com a CPR, a CPR Verde, o CRA e a LCA, além dos contratos futuros e operações de hedge para seguro de preços de milho, boi, café e, recentemente, o futuro de soja.
E com a listagem dos Fiagros, fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais, os investidores passaram a ter mais uma opção de aplicar seus recursos em um produto atrelado ao agronegócio, setor tão relevante para a economia brasileira.
Metodologia
O objetivo do IAGRO B3 é refletir o desempenho médio dos ativos de empresas que fazem parte do agronegócio. Em sua composição, as ações são ponderadas considerando a média aritmética simples entre a ponderação pelo valor de mercado do free float e a ponderação setorial.
Nessa ponderação setorial, os pesos são definidos de acordo com cada subsetor: ativos classificados como "Primário", "Insumos", "Agroindústria" e "Agrosserviços" recebem peso 4 (quatro), 3 (três), 2 (dois) e 1 (um), respectivamente. Isso significa que um ativo do subsetor primário recebe uma ponderação quatro vezes maior que a de um ativo do setor de agrosserviços, por exemplo.
Para participar da carteira do indicador, o ativo deverá atender critérios de liquidez, como, por exemplo, estar presente em 95% dos pregões dos últimos 12 meses e não ser classificado como penny stock (ou seja, ter preço médio superior a R$ 1).
"Nós nos propusemos a fazer uma classificação abrangente, que abarcasse todos os setores diretos e indiretos do Agronegócio, e não apenas empresas que tenham suas atividades relacionadas à agricultura ou à pecuária. Com isso, o mercado poderá oferecer novos produtos atrelados a esse índice, dando ao investidor outras formas de diversificar sua carteira", explicou Kondic.
Composição da carteira
A carteira do IAGRO B3 será composta por 32 ativos, nas participações informadas a seguir:
1) JBS (JBSS3) - 7,439% (Setor primário)
2 SUZANO (SUZB3) - 7,439% (Setor primário)
3) AMBEV (ABEV3) - 6,220% (Agroindústria)
4) COSAN (CSAN3) - 6,220% (Agroindústria)
5) KLABIN (KLBN11) - 6,101% (Setor primário)
6) BRF (BRFS3) - 5,614% (Setor primário)
7) RUMO S.A. (RAIL3) - 4,933% (Agrosserviços)
8) SAO MARTINHO (SMTO3) - 3,879% (Setor primário)
9) MARFRIG (MRFG3) - 3,857% (Setor primário)
10) SLC AGRICOLA (SLCE3) - 3,494% (Setor primário)
11) DEXCO (DXCO3) - 3,266% (Setor primário)
12) ASSAI (ASAI3) - 3,246% (Agrosserviços)
13) MINERVA (BEEF3) - 3,182% (Setor primário)
14) RAIZEN (RAIZ4) - 3,087% (Agroindústria)
15) BRASILAGRO (AGRO3) - 2,821% (Setor primário)
16) 3 TENTOS (TTEN3) - 2,660% (Setor primário)
17) JALLESMACHADO (JALL3) - 2,644% (Setor primário)
18) CAMIL (CAML3) - 2,644% (Setor primário)
19) IRANI (RANI3) - 2,587% (Setor primário)
20) BOA SAFRA (SOJA3) - 2,571% (Setor primário)
21) CARREFOUR BRASIL (CRFB3) - 2,446% (Agrosserviços)
22) AREZZO (ARZZ3) - 2,384% (Agroindústria)
23) M. DIAS BRANCO (MDIA3) - 1,647% (Agroindústria)
24) VAMOS (VAMO3) - 1,400% (Agrosserviços)
25) PÃO DE AÇÚCAR - CBD (PCAR3) - 1,303% (Agrosserviços)
26) ARMAC (ARML3) - 1,157% (Agrosserviços)
27) HIDROVIAS (HBSA3) - 1,136% (Agrosserviços)
28) GRUPO MATEUS (GMAT3) - 1,086% (Agrosserviços)
29) RANDON PART (RAPT4) - 1,021% (Agrosserviços)
30) KEPLER WEBER (KEPL3) - 0,981% (Agrosserviços)
31) TUPY (TUPY3) - 0,910% (Agrosserviços)
32) RECRUSUL (RCSL3) - 0,626% (Agrosserviços)
A composição da carteira será revista a cada quatro meses, sempre em janeiro, maio e setembro.