A empresa está ampliando sua infraestrutura e firmando novas parcerias para expandir ainda mais sua presença no mercado da região.
Segundo a empresa, as big techs têm capacitado clientes em diversos setores, desde mídia e entretenimento até transporte aéreo, para otimizar o uso da tecnologia, além do Gemini, sua ferramenta de IA generativa. Um exemplo disso é o trabalho desenvolvido com a Globo, onde foram encontradas soluções não óbvias, como o uso da IA para aprimorar a busca de imagens.
Um estudo global recente, conduzido pelo Google Cloud em parceria com o National Research Group e envolvendo mais de 2.500 líderes empresariais, revelou que quase dois terços (63%) das empresas latino-americanas que já utilizam tecnologia de IA generativa o fazem com o objetivo principal de desenvolver novos produtos. O estudo também destacou que cerca de 40% das empresas na região esperam começar a ver retorno sobre o investimento (ROI) a partir de 2025, como resultado do uso da IA generativa no desenvolvimento de novos produtos.
O crescimento acelerado da demanda por IA generativa indica uma mudança substancial nas estratégias empresariais na América Latina, refletindo uma adaptação às novas possibilidades oferecidas por essa tecnologia.
Em 2023, a IA generativa estava em fase de preparação, com as empresas realizando testes iniciais. Já em 2024, houve um avanço significativo, e as empresas passaram a utilizar a tecnologia para resolver problemas reais de negócios. As empresas que estão mais adiantadas no uso da IA generativa geralmente são aquelas com maior interação com seus clientes. Não se trata apenas de oferecer tecnologia; a abordagem é colaborar com os clientes para desenvolver soluções personalizadas que atendam a desafios específicos.
No Brasil, os clientes do Google Cloud estão aplicando seus serviços de diversas maneiras. No setor financeiro, por exemplo, bancos como Bradesco (BBDC4) e BV utilizam inteligência artificial para detectar atividades suspeitas e gerenciar finanças. Já no setor de bens de consumo e varejo, empresas como Boticário e Casas Bahia (BHIA3) empregam IA para prevenir fraudes e aprimorar a experiência do cliente.
No setor de saúde, tanto grandes empresas como a Dasa (DASA3) quanto startups como a Sami estão adotando IA generativa para personalizar serviços e otimizar processos. Já no setor de mobilidade, companhias como Movida (MOVI3) e Latam estão transferindo suas infraestruturas para a nuvem do Google Cloud, buscando maior eficiência e escalabilidade.
No segmento de mídias digitais, como Trakto e JusBrasil estão utilizando a tecnologia para automatizar e expandir suas operações de forma significativa. No setor público, o Google Cloud tem desempenhado um papel importante ao apoiar governos e instituições na gestão de dados e na melhoria da eficiência operacional em áreas como educação e meio ambiente.
A crescente demanda por serviços levou o Google Cloud a reforçar sua infraestrutura na América Latina, incluindo a expansão das regiões de nuvem em São Paulo e Santiago, no Chile, e a construção de uma nova região de nuvem no México, prevista para ser concluída até o final deste ano.
Além das colaborações com empresas locais, o Google também firmou um acordo estratégico com a Samsung para incorporar IA generativa nos novos modelos de smartphones da linha Galaxy S24.
Apesar dos progressos, a adoção de IA generativa na América Latina ainda enfrenta desafios, especialmente no que se refere à capacitação de talentos e ao desenvolvimento de casos de uso específicos. Para enfrentar essa situação, o Google Cloud lançou iniciativas de treinamento em parceria com universidades, capacitando mais de 45 mil profissionais no Brasil desde o ano passado.
O Google tem realizado investimentos significativos no Brasil desde 2017, aplicando R$ 1,6 bilhão em sua infraestrutura técnica. Esse montante foi direcionado para projetos como a implementação da região de nuvem em São Paulo e a instalação de cabos submarinos que conectam o Brasil a outras partes do mundo.
Com o crescimento exponencial da Inteligência Artificial, tornou-se evidente que a capacidade de processamento de dados é essencial. A evolução das plataformas de nuvem nos últimos anos foi crucial para atender a essas demandas tecnológicas avançadas. A redução da latência entre diferentes regiões é outro fator importante alcançado pela rede interconectada do Google Cloud. Para áreas remotas, parte do processamento foi estrategicamente colocada diretamente com os clientes, conectando esses equipamentos à robusta rede do Google, o que minimiza problemas de latência.
Google Cloud alcançou um novo patamar, ultrapassando US$ 10 bilhões em receita trimestral pela primeira vez e atingindo mais de US$ 1 bilhão em lucro operacional. No ano anterior, no segundo trimestre de 2023, a receita global havia sido de US$ 8 bilhões, com um lucro operacional de US$ 395 milhões.
A integração da IA nos produtos do Google ao longo dos últimos anos tem sido uma prioridade, resultando em ferramentas mais inteligentes e produtivas para os clientes. Atualmente, mais de 60% das mil maiores empresas globais utilizam os serviços do Google Cloud, além de cerca de 90% dos unicórnios de IA generativa, empresas avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais.
Em síntese, o compromisso contínuo do Google em fortalecer sua infraestrutura e integrar a inteligência artificial em seus produtos reflete uma estratégia clara de liderança tecnológica. Com investimentos robustos no Brasil e na América Latina, a empresa não apenas expande sua capacidade de processamento e conectividade, mas também habilita negócios em diversos setores a se tornarem mais eficientes e inovadores. A conquista de marcos financeiros significativos demonstra o impacto dessas iniciativas, posicionando o Google Cloud como um parceiro estratégico essencial para empresas que buscam avançar no cenário digital global.