Países disseram que relacionamento é superior a uma aliança política ou militar.
A abertura dos Jogos Olímpicos de inverno ocorreu nesta sexta-feira (4) em Beijing e o presidente da China, Xi Jinping, fez questão de receber o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Os Estados afirmaram terem uma relação estratégica sem limites, além de anunciarem novas colaborações. Putin foi o primeiro líder mundial a ser recebido pelo presidente da China para uma reunião bilateral desde o começo da pandemia de covid-19.
Principais pontos da reunião
Em comunicado, Rússia e China declararam que a amizade entre dois Estados não tem limites e não há áreas proibidas de cooperação. Os países também informaram colaboração em várias áreas, como controle da internet, mudanças climáticas, espacial e inteligência artificial.
Os líderes ainda alertaram que irão combater outros países que vierem interferir na estabilidade ou apoiarem revoluções em suas regiões. Segundo o comunicado, Rússia e a China pretendem combater a interferência de forças externas nos assuntos internos de países soberanos "sob qualquer pretexto".
Os países afirmaram se opor a "revoluções coloridas" - em referência às manifestações políticas de oposição nas ex-repúblicas soviéticas que aproximaram EUA, Ucrânia, Geórgia e Quirguistão nos anos 2000.
Ambos os líderes acusam os Estados Unidos: Putin afirma que os americanos estabilizaram a Ucrânia e Jinping alega que os EUA pioraram o cenário de protestos em Hong Kong, além de apoiarem a independência de Taiwan.
O encontro ocorreu em meio às tensões entre a Rússia e a Ucrânia, devido à quantidade de tropas russas posicionadas na fronteira. Na semana passada, a China fez um alerta para que as pessoas levassem a sério a situação entre os dois países.
Jinping ainda disse que a Rússia e a China irão se apoiar a fim de defender seus interesses centrais além de aprofundarem ambas as coordenações estratégicas.
"Nossas relações bilaterais progrediram em um espírito de amizade e de associação estratégica. São relações realmente sem precedentes" afirmou Putin, que também elogiou essa relação como "um exemplo de relação digna na qual cada um ajuda e apoia o outro em seu desenvolvimento".
O comunicado reiterou que o relacionamento entre os dois países é superior a qualquer aliança política ou militar da época da Guerra Fria.
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