Os funcionários do BC exigem melhores condições de trabalho desde 2022.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu nesta quinta-feira, 29, que a instituição passa por um momento difícil com demandas dos funcionários, lembrando inclusive da greve dos servidores do órgão no ano passado.
"O BC tinha algumas demandas para melhorar as condições dos funcionários que não foram aprovadas no fim do governo passado, o que gerou uma insatisfação dos servidores. Temos funcionários saindo todos os anos e estamos há muito tempo sem concurso, com áreas estranguladas", afirmou Campos Neto. "É importante manter o corpo do BC trabalhando e fazendo entregas", completou.
Campos Neto citou a regulamentação do bônus para Receita Federal e lembrou que é algo que os servidores do BC também pedem há algum tempo. "Conversei com a ministra da Gestão, Esther Dweck, precisamos de concursos", acrescentou.
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, lembrou que o BC não tem concursos há dez anos e relatou que servidores do órgão têm saído para a iniciativa privada ou procurado outros concursos no próprio governo federal. "Temos essa discussão de assimetrias (de remuneração) e de concursos", concluiu.