Depois de uma semana de recuperação, na qual vimos o petróleo bruto sendo negociado de U$ 75 a U$ 81 por barril, presenciamos agora o sexto dia de queda pressionado por questões geopolíticas em Gaza.
Traders de commodities presenciaram nesta segunda-feira, o quinto dia seguido de queda nas cotações do petróleo bruto. Depois de dias de ganhos, representando uma alta de até 7,5% nas ultimas semanas, os preços voltaram a cair com com o foco do mercado na situação geopolítica na faixa de Gaza e até mesmo uma possível redução na demanda global do principal commodity de energia.
Entenda a situação em Gaza
Pouco mais de 10 meses desde o início da guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas, presenciamos muitas escaladas neste conflito que levaram o mundo a períodos de apreensão sobre o destino do mesmo. Isso ficou visível após o mercado buscar proteção em ativos como ouro, prata entre outros metais que se beneficiaram à partir desta situação.
Agora falando sobre energia, o petróleo como principal mercadoria no Oriente Médio sofreu muitas oscilações ao longo do conflito movido exatamente pelo risco de interrupção do fornecimento naquela região. Para se ter uma ideia, mais de 34% do fornecimento global de petróleo vem das regiões estratégicas do oriente médio. Sendo assim, qualquer possibilidade de diminuição deste fornecimento, presenciamos fortes alterações no preço da commodity.
Nestes últimos dias, com uma alta aproximada de 7,5%, vimos o petróleo resumindo o humor do mercado em relação as atuais escaladas da guerra. Fatores exógenos como o da guerra, mais os fundamentos próprios do mercado desta commodity, colocaram o petróleo de volta a sua tendencia de baixa.
Pode ser apenas o começo
Com uma visão relativamente pessimista para o mercado de petróleo, boa parte dos investidores preferem liquidar suas posições neste commodity. Temos a tão falada desaceleração econômica dos Estados Unidos, e uma diminuição nas margens das refinarias graças ao "baixos" preços do petróleo na atual situação.
Outro fato bem relevante, é a presença do secretário de estado dos EUA, que está em Israel com objetivo de avançar as negociações de cessar-fogo ainda esta semana. Qualquer sucesso nesta operação, poderia aliviar ainda mais os temores dos traders em relação ao petróleo, considerando que sua produção pode continuar sem imprevistos.
O que não nos resta dúvidas, é que o petróleo e sua tamanha relevância no cenário global segue sendo muito instável nos últimos meses devido a diversos fundamentos. Isso exige um acompanhamento minucioso por parte dos traders que negociam este mercado.