Por Redação em Terça, 19 Abril 2022
Categoria: Economia

Morning Call - Reunião de Primavera do FMI e mais

Veja as notícias que movimentam a economia hoje.

Brasil no radar

O evento do Fundo Monetário Internacional ocorre em Washington e dele participam o ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. O FMI deve divulgar a atualização das projeções econômicas globais. O encontro segue até 24 de abril.

A inflação segue preocupando os mercados à medida que novos dados surgem e elevam cada vez mais a projeção anual. O IPCA de março marcou 1,62% e o IGP-10 de abril, 2,48%.

Há a expectativa de que a apreciação do real frente ao dólar ajude neste cenário, porém economistas ouvidos pelo Broadcast afirmam que o real mais forte não é percebido como uma "bala de prata" para suavizar as estimativas para o IPCA.

Após um trimestre de grandes altas e fluxo de capital para a B3, investidores estrangeiros começam a sinalizar que o ciclo pode estar se encerrando. Em abril, o saldo do fluxo estrangeiro está negativo em R$ 1,75 bilhões de reais.

A mudança de padrão no comportamento do dinheiro não tem assustado especialistas ouvidos pelo Broadcast: eles duvidam que o Fed hawkish desperte uma fuga expressiva de dinheiro do Brasil, que deve aumentar ainda mais a taxa de juros em breve.

A greve dos servidores do BC continua e juntam-se a eles servidores de diversas categorias e policiais insatisfeitos. Os 5% de reajuste ainda não foram confirmados e as categorias pressionam por mais. Publicações como o boletim Focus seguem prejudicadas.

O Ibovespa, que reúne as 500 principais empresas da bolsa brasileira, apresenta baixa em seu índice futuro neste início de semana mais curta, com o feriado de Tiradentes a caminho. Às 9h20, o índice apresentava queda de 0,28%, na casa dos 117 pontos.

Mundo no radar

Os títulos do Tesouro norte-americano se consolidaram em uma faixa mais alta, compatível com o choque de juros antecipado pelo Fed. O yield dos títulos de 10 anos bateu a máxima em mais de três anos na segunda-feira (18). Já o rendimento do T-Bond de 30 anos renovou as maiores marcas desde maio de 2019.

Os rendimentos do Tesouro de 10 anos na Alemanha e no Reino Unido subiram para o maior patamar desde 2015, com a queda dos títulos em toda a Europa. O dólar se beneficiou do movimento e valorizou.

Já é quase unanimidade entre especialistas que o Fed elevará o juro em 50 pontos em maio. O Goldman Sachs lembrou que, em ciclos anteriores, a alta no juro foi seguida de recessão dentro de dois anos, mas afirmou que recentemente os períodos de recessão não têm vindo para ficar. E é nisso que o Fed tem apostado.

As bolsas dos EUA operam em leve alta, próximas à estabilidade. Às 09h30, os futuros do Dow Jones Industrial subiam 0,06%, do S&P 500 avançavam 0,10% e os da Nasdaq 100 registravam alta de 0,16%.

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