Medida que o BCE pretende adotar pode não ser o suficiente para conter a inflação.
O Banco Central Europeu (BCE) havia decidido aumentar gradualmente das taxas de juros a partir de julho para amenizar o aumento de preços, mas tendo em vista que a inflação da zona do euro bateu um novo recorde, de 8,1% no mês de maio, pode ser que essa medida seja insuficiente.
Superando as expectativas de 7,7%, a inflação do euro saltou de 7,4% em abril para 8,1% em maio, deixando claro que a causa do aumento generalizado dos preços não é exclusividade da crise energética.
O aumento de preços na Europa no último ano, após uma década de baixa inflação, se deve, segundo especialistas, principalmente aos problemas na cadeia de abastecimento e à guerra no Leste Europeu.
O aumento rápido dos preços subjacentes, antes visto pelas autoridades do BCE como algo transitório, agora não parece ser tão passageiro.
A meta do BCE, que consistia em uma inflação de 2%, foi ultrapassada para 8%. Desconsiderando os alimentos e a energia, a inflação avançou de 3,9% para 4,4% na base anual. Outra medida que também exclui o álcool e o tabaco resultou em um aumento de 3,5% para 3,8% no mês de abril.
Setores em alta
Em novembro do ano passado a inflação na Europa começou a subir e, desde então, todo mês um novo recorde inflacionário vem sendo batido.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia não ajudou: está agravando ainda mais a situação do continente, que já estava sofrendo com a alta de preços generalizada. O setor alimentício e energético foram os mais impactados após a invasão russa.
De acordo com dados divulgados pela agência governamental de pesquisas Eurostat, os preços da energia saltaram de 37,5% em abril para 39,2% em maio e os dos alimentos seguiram o mesmo caminho, saltando de 6,3% para 7,5% nos mesmos meses.
O que você espera da inflação europeia nos próximos meses? Acha que irá abaixar ou aumentar? Conte para a gente!