PCE chega a 6,6%, maior aumento desde 1981.
Foi divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos (EUA) dados do PCE (índice americano de preços de gastos com consumo), utilizado para medir a inflação pelo Federal Reserve (Fed). A taxa de inflação dos EUA subiu 0,9% no mês de março, comparado a fevereiro, mesmo tendo apresentado sinais de uma possível diminuição de preços.
Segundo o comunicado lançado, em uma comparação anual, o PCE subiu de 6,4% para 6,6%, registrando o maior aumento desde 1981.
O chamado núcleo PCE, índice que desconsidera os dados relacionados a alimentos e energia, registrou um aumento de apenas 0,3% em março, pelo segundo mês consecutivo, correspondendo às previsões do Wall Street.
A elevação na taxa básica de inflação dos EUA em fevereiro e março, foram as menores desde 2021. A taxa de núcleo da inflação no ano passado chegou a cair de 5,3% para 5,2%, registrando a primeira queda mensal em mais de um ano.
O índice PCE é a forma considerada mais precisa pelo Fed, para medir a inflação dos EUA, já que é mais abrangente e leva em conta quando os consumidores substituem os produtos que utilizam normalmente por opções mais baratas.
Com exceção da gasolina e dos alimentos, a taxa de inflação dos EUA diminuiu, mas por ela estar em seu nível mais alto desde o início da década de 1980, ela acaba colocando uma pressão financeira sobre empresas e famílias.
Com o objetivo de aliviar a inflação, o Fed está trabalhando para aumentar as taxas de juros o mais rápido possível, mas segundo os economistas do MarketWatch, isso levará tempo.
A escassez de produtos originada na pandemia, contribuiu para o aumento dos preços, assim como os gastos do governo em meio a crise da covid-19 e a estratégia de dinheiro fácil adotada pelo Fed.
Por conta da inflação estar mais elevada, as empresas americanas passaram a cobrar mais pelos seus serviços e produtos. Já os trabalhadores, estão pedindo aumento salarial para seus chefes, para que consigam pagar suas contas diante dos preços altos.
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